segunda-feira, 30 de março de 2009

Você é problema seu

Uma pessoa até pode ser honesta, afável, decente, culta. Mas quando reforça a velha visão vira-lata do brasileiro sem auto-estima, de que as coisas são assim mesmo e não têm conserto, de que vivemos numa terra eternamente dominada pelos espertos e safados, e que só nos resta viver explorados, ela só está ajudando a esses espertos e safados e desestimulando as pessoas de bem. Portanto, não merece epíteto melhor do que imbecil. Os brasileiros como povo não são piores do que ninguém. Os maus elementos existem em qualquer grupo humano e nunca devem ser ignorados nem deixados à própria sorte. E os problemas sociais não são insolúveis. Sempre há mudanças e progressos. Mas eles não acontecem se um número suficiente de pessoas não quiser.

Eis o mais importante: o entusiasmo é contagioso, mas a depressão também é. Se você se sente derrotado, impotente, incapaz, incompetente, roubado, isso é problema seu; não assuma que o próximo deva se sentir igual. Se eu ou o meu amigo acreditou na possibilidade de mudança e você não acredita, a pior coisa que pode fazer é sabotar as nossas esperanças e esforços insistindo que não dá para fazer nada para que nada mude. A isso, é preferível que você fique calado. Não apenas discordo dos derrotistas, chororôs e mimimis, como agora enuncio-os como um obstáculo ativo às minhas metas. O recado é o seguinte: a minha paciência com os inúteis acabou. Saiam da frente. Abram caminho.




Daqui.

Nas ondas do rádio

O jornalista Marcos Espíndola, titular da Contracapa e atuante agitador cultural, agora passa ao papel de vidraça. A partir do próximo sábado, dia 4 de abril, ele assume ao lado do comunicador Kléber Bola o comando do programa Paredão - espaço dedicado exclusivamente à produção musical catarinense - na rádio Atlântida de Florianópolis.


E ele avisa: " Embora seu raio se limite à Grande Floripa, Paredão vai abranger toda Santa Catarina". Então bandas e artistas mandem material para o e-mail: floripa@atlantida.com.br.

A partir do próximo sábado às 20 hs sintonizem o Paredão e vamos divulgar. Se o projeto decolar será aberto para outras regiões do Estado.

sábado, 28 de março de 2009

I Met The Walrus



Videozinho bacana esse.

Em 1969, Jerry Levitan, um beatlemaníaco de 14 anos de idade foi até o quarto de hotel em que John Lennon estava em Toronto e com um gravador registrou uma entrevista sobre a paz com o ídolo .

38 anos depois, Jerry produziu um filme sobre o encontro usando o áudio original como trilha para esta animação. Enjoy.

Item de colecionador



the lp cover lover

Frases



"O capital tem horror à ausência de lucro. Quando fareja um beneficio, o capital torna-se ousado. A 20% fica entusiasmado. A 50% é temerário. A 100% enlouquece a luz de todas as leis humanas A 300% não recua diante de nenhum crime"

Karl Marx – O Capital

quinta-feira, 19 de março de 2009

Sabe com quem está falando?


Vi no Diário Gauche e também reproduzo post do blog do jornalista Altino Machado.


Fui desrespeitoso e cometi um erro hoje contra o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, que está em visita ao Acre para uma palestra sobre drogas para jovens da rede pública estadual.

Ao fazer a primeira pergunta de uma entrevista coletiva, indaguei:

- Ministro, o senhor tem se manifestado constantemente em defesa da propriedade, contra as invasões, mas em nenhum momento o senhor se manifestou contra dezenas, centenas de assassinatos de lideranças de trabalhadores rurais . [Até aqui, a pergunta é pertinente e correta do ponto de vista jornalístico, o exagero se deu na seqüência] Isso decorre do fato de o senhor ser ministro ou pecuarista?

A resposta do ministro veio à altura:

- Devo lhe dizer o seguinte: eu tenho me manifestado contra qualquer violação de direitos, qualquer violação de direitos. Eu não quero que haja assassinatos, independentemente de… Que não haja violência. Pode-se protestar, pode-se fazer qualquer consideração, mas tem que ser respeitado o direito de outrem. A pergunta de qualquer forma é desrespeitosa. O senhor tome cuidado ao fazer esse tipo de pergunta. Eu não sou pecuarista.

Ao formular de improviso a pergunta, tomei como base o manifesto distribuído no dia 6 de março pela pela Secretaria Nacional da Comissão Pastoral da Terra da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, onde está afirmado (e até hoje não contestado publicamente), que o ministro Gilmar Mendes “não esconde sua parcialidade e de que lado está” e que é “grande proprietário de terra no Mato Grosso”.

Exagero também veio da parte de quem tanto critica a existência de um estado policialesco no país. Orientado pelo ministro, um assessor dele telefonou para a Polícia Federal, logo após a entrevista, e pediu aos agentes:

- Fiquem de olho naquele moço, pois ele é muito perigoso.

Kabongadas



Mais um desenho clássico lá do YouTube, a melhor TV do mundo, como diz meu primo.

Nosso herói


No último fim de semana meu camaradíssimo Yan Boechat esteve em Floripa e levei-o ao Clube da Luta. Durante a noite ele me contou uma passagem hilária do nosso querido Mutley, Mumu, ou Fábio Bianchini como queiram.

Disse Yan que esteve em presença de Mumu bebendo num lupanar da Paulicéia Desvairada. Eis que o mito Paulo César Pereio adentra o local tulmutuando o recinto. Após um papo muito chato, Mutley expulsou Pereio no grito e então continuaram a beber em paz.

Tudo isso só pra me redimir do atraso e comentar que Mumu lançou seis canções no MySpace com a algunha de Gambitos.

Ele juntou uma pá de velhos amigos da nobreza roqueira de Floripa e registrou as músicas no estúdio do Amexa.

Destaco a bela Summer Glory com seu clima sixtie ensolarado.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Top 30


Lula encantando os EUA, Clodovil morreu, FHC acha Daniel Dantas brilhante e o vídeo humorístico, ou melhor tragicômico, com um remix dub que fiz rapidamente e postei aqui na segunda-feira foi linkado no fórum da Aprasc recebendo uma menção honrosa do YouTube pela vigésima-nona posição de vídeo mais visto hoje na categoria Notícias e Política.

Utilizando o prosaico Soundforge peguei a base de Step Forward com Leroy Stewart - uma pérola do dub jamaicano - e coloquei em cima trechos da gravação em que o Tenente Coronel Newton Ramlow ( então Major) faz campanha para Dário dentro do quartel e em horário de serviço e um pequeno trecho de uma gravação de uma conversa telefônica entre o prefeito Dário Berger e o então vereador Juarez Silveira, material da Operação Moeda Verde.

Crise da civilização



Assino embaixo. O Lula estadista é foda.

Voyeurismo


"Sou voyeur, adoro ver pessoas nuas, pessoas transando, mas não gosto de sexo sem erotismo. E no Big Brother o que existe é o sexo da novela, do marketing. O Big Brother é a novela da vida careta da sociedade de espetáculo.

As pessoas gostam de ver porque estão condicionadas nessa mesma sociedade de cativeiro, que vive aprisionada em tabus. Por que a gente não deixa a vida entrar na nossa vida em vez de representá-la na forma ideal papai, mamãe e pederasta?

A repressão sexual das pessoas precisa do Big Brother, mas não se satisfaz inteiramente, até porque de livre o Big Brother não tem nada. Quase toda aquela gente se parece muito com todo mundo e parece personagem de novela. Isso realmente não me interessa".


José Celso Martinez, líder do grupo teatral Oficina, em entrevista à Ana Paula Sousa, da Carta Capital.

O grupo lança hoje, a caixa de dvds Festival de Teat(r)o Oficina com sete discos que incluem entre eles "num produto audiovisual autêntico, que passa ao largo da concepção de teatro filmado", as peças Boca de Ouro (Nelson Rodrigues), Cacilda! (Zé Celso), Bacantes (Eurípedes) e Ham-Let (William Shakespeare).

Peguei no blog recém-criado da jornalista, grande dica do Pedro.

terça-feira, 17 de março de 2009

Síndrome de vira-lata



Recomendo a leitura deste post do Biscoito Fino. Vários bons links e algumas boas verdades sobre FHC e o que ele representa.

"Satélite dos EUA, sem tomar iniciativas Sul-Sul, o Brasil do tucanato ainda nos brindava aquele patético espetáculo: nosso presidente falando, com muitas limitações, a língua forânea de um chefe de estado estrangeiro em território nacional, sempre que o visitante era anglo-, franco- ou hispanofalante. Eu morria de vergonha daquilo triplamente: como cidadão brasileiro, como sujeito político e como professor de línguas.

A limitação colonizada da nossa direita falou em “problemas” para a política externa brasileira por Lula não saber idiomas. Como se o papel de um presidente fosse ser poliglota, e não ser presidente e representar a experiência de um povo. Como se o Brasil não tivesse uma das Chancelarias mais equipadas linguisticamente do planeta. Como se um chefe de estado russo, chinês ou sul-africano aceitasse falar outra língua que não a sua para conduzir negócio de estado
".


A foto é do fotógrafo oficial da Casa Branca, Pete Souza, descendente de açorianos.

2010 vem aí e é nosso dever não deixar essa corja retornar ao poder para continuar a subserviência.

Cryin' the blues



Esse cara é um dos bluesman mais emblemáticos e poderosos que conheço. Com seu vozeirão rasgado e o slide cheio de feeling Blind Willie Johson tinha grande influência do gospel e cantava temas bíblicos mas foi além da tradição religiosa e tornou-se um dos maiores músicos na técnica do slide.

Sua música de maior sucesso falava da crucificação de Jesus. Dark was The Night, Cold Was The Ground foi gravada em 3 de dezembro de 1927.

Blind Willie Johnson - Dark Was The Night, Cold Was The Ground

Ilustração: Robert Crumb

Podes Crer Amizade



Curta metragem de Antonio Carlos da Fontoura rodado em 1970, com Rita Lee, Sérgio Dias e Arnaldo Baptista circulando pelas ruas de São Paulo.

Burn baby burn



via alarchy

segunda-feira, 16 de março de 2009

Tá bombando



A massa roqueira delirou ao som de Aerocirco, que tocou ao lado dos irmãos Zimmermann ( Da Caverna) e dos irmão Lenzi ( Lenzi Brothers...dã), na mais recente edição do Clube da Luta na Célula, sexta 13.

As três bandas tocaram o terror para uma casa cheia e animada. Maurício Peixoto tava que tava, chegou até a quebrar o braço de uma de suas guitarras!

Quem também esteve lá e contou mais foram os jornalistas Rafael Weiss, do Mundo 47, e Marcos Espíndola, do DC. Confiram aqui e aqui.

Sexta que vem tem mais com Samambaia Sound Club, Maltines e a estreante Bloomy.

Sangue novo na parada. Bora lá.

Foto: Cassiano Ferraz

Das rezas e das mandigas da lua

Uma vez que o Oscar Berent falou em lua, insistiu em lua, criou um caos desgraçado na sua rádio por causa da velhice da lua, lá vai alguma coisa com respeito ao folclore lunar. De fato, a lua foi muito respeitada na antiguidade, pois era a chave do calendário, era o relógio das plantações, era o sol dos namorados, era, afinal, uma porção de coisas; atualmente entretanto, apesar de continuar sendo tudo isto é mais uma coisa. Será o palco futuro do próximo desentendimento humano. Isto podem estar certos; ora se podem. Esperem, vivam e verão. Mas a lua tem coisa... O admirável contista Péricles Prado, do Cão Jerônimo, diz que descambou para as pesquisas de magia e de alquimia porque observou certas influências lunares sobre as coisas; já o saudoso Gilberto Fontoura Rey, poeta e artista plástico, só tomava dos pincéis na lua cheia e passava o tempo todo me azucrinando para estar em dia com as efemérides lunares; o Domingos Fossari, grande caricaturista, só traça na lua nova; diz que nesses dias tem mais inspiração.

E foi por causa deste e outros que criei um refrão: Cada louco com a sua fase da lua. Quanto a mim há de certo: Quando a lua entra em escorpião o meu rim começa a dar coices. Portanto, a lua é importante, queiram os bobocas sabichões ou os idiotas da objetividade, como diz Nélson Rodrigues, ou não; creiam os de cultura livresca ou não, a lua lhes atua na cuca e por isto dizem tanta bobagem. Mas isto é folclore e vamos a ele.

Conheço umas tantas rezas de lua. há uma para afastar os chatos; há outra para matar as criaturas indesejáveis, bicho ou gente; há outra para ganhar dinheiro; há mais outra para achar coisa perdidas; há mais para fazer revelar traidores; outra ainda para prender ladrões. É grande o repertório. Mas boazinha é esta:

Lua cheia tão brilhante
que do céu tudo aqui vês
Fecha a porta a diamante
E faz o ladrão ver três. Dizem que o larápio que recebe esses influxos vê gente parada na porta da casa e se manca.

Mas como este mundo é cachorro mesmo, há a oração da lua para ladrões; para espantar certamente aqueles três que ele poderá ver. Mas não vou ensinar não; já tem mãos leves, esperto, larápio, gato, rato que chega por aí sem reza mesmo dando trabalho à polícia. Agora as mandingas não inúmeras, sem conta mesmo. As ritualísticas passam de mil. Cada uma de fazer gosto. Mas vamos a umas duas ou três.

Jogar um punhado de sal na direção da lua cheia e formular um desejo ele é realizado; há o oposto para fazer mal, mas não vai ter não; a macacada que se manque.

Depois, há aquela de prender namorado:

Luazinha fraca, vazante
Que vais caindo pro mar
Vaza os olhos de fulano
Pra ele só me enxergar.

Isto tem que ser feito às 6 horas da tarde na lua nova.

Mas há aquela de ganhar no jogo:

Lua toma este dinheiro
Corre mundo para voltar
Faz este meu companheiro
Mil vezes multiplicar.

Está é dita à meia-noite, com lua cheia e se joga uma moeda na direção da lua e... pode ser que algum limpo a encontre no outro dia. Dizem que vale para a loteria esportiva, para pif-paf, para loteria federal; mas há outras catimbas com a lua que depois eu conto. Mas um recado pro Oscar Berent, e outros da paróquia que andam tardiamente: Nunca olhem a sombra projetada pela luz da lua no chão depois da meia-noite; dali, dizem se levanta o cão. É folclore.



Por Amaro Seixas Netto, jornalista, poeta, metereologista, astrônomo, escritor, astrólogo e estudante do oculto em artigo publicado no jornal O Estado, em 29 de julho de 1971. Daqui.

"Eu sou Dário Berger doente"



Fiz uma brincadeirinha com as gravações da última sensação do momento - o Tenente Coronel Newton Ramlow fazendo campanha pro Dário Berger, dentro do quartel e no horário de serviço - mais um pouquinho de uma animado bate-papo entre o prefeito e o então vereador Juarez Silveira.

Se dizem que Floripa é a ilha do reggae, aí está. Divirtam-se.

Os últimos serão os primeiros



thomas schats

quinta-feira, 12 de março de 2009

Apesar de você



gabrieloks

Socorro chamem o bandido!

Fato gravíssimo a revelação de uma conversa gravada do famoso Coronel Newton. Mostra mais um pouco da podridão institucional que assola nossa cidade e nosso Estado.

A maioria, iludida, inconsciente e bovinamente teleguiada por belas propagandas colocou no poder uma corja.

Se ainda não sabe do que eu tou falando leia aqui, aqui e aqui.

Como bem disse o Tio César:

E se o Tribunal de Justiça, o TRE e o Ministério Público mantiverem-se em silêncio nos próximos dias, o melhor a fazer é contratar um bom seguro de vida (que cubra todo tipo de “acidente”). Ou uma boa transportadora de mudanças.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Mothers of invention




A trupe doidona da gravadora nova-iorquina de reggae Easy Star prepara o lançamento de outro petardo sonoro da pesada. Foram eles os responsáveis pelo magnifíco Dub Side of The Moon (2003) e pelo Radiodread (2006). Agora a coisa é com os Beatles.

No dia 14 de abril sai o Easy Star's Lonely Hearts Dub Band, a releitura enfumaçada do clássico lisérgico dos Beatles.

O álbum traz a participação de vários músicos de destaque do reggae, dancehall e dub como Steel Pulse, Matisyahu, Michael Rose (Black Uhuru), Luciano, U Roy, Bunny Rugs (Third World), Ranking Roger (English Beat), Sugar Minott, Frankie Paul e Max Romeo and The Mighty Diamonds.

A cabeça por trás disso tudo, o músico e produtor Michael Goldwasser, afirmou : "Nós nos focamos em reescrever álbuns conceituais como reggae e é realmente importante que o material original funcione como um todo e não somente uma coleção de canções. Então pra que melhor do que a mãe de todos os álbuns conceituais?".

O primeiro single a sair é esse:


Easy All Star's - With a Little Help From My Friends

Galanteadores



Um episódio clássico da dupla.

O morro tem sua vez


Amanhã, terça 10 de março, acontece no cinema do CIC a pré-estreia do documentário Maciço dirigido por Pedro MC. O filme " é um documentário sobre Florianópolis. Mais ainda, sobre uma Florianópolis invisível".

O argumento surgiu quando o diretor começou a contrapor a imagem midiatizada dos morros de Florianópolis, com a imagem de cidade estritamente turística com a melhor qualidade de vida do país.

"O maior desafio foi criar uma linha narrativa capaz de abranger tanta diversidade" - conta Luciano Burin, roteirista do projeto, se referindo à escolha da equipe em registrar as 17 comunidades que compõem do Maciço do Morro da Cruz. "Montamos uma diretriz que tanto dá espaço para história de vida dos entrevistados quanto à idéia de pertencimento à cidade", completa.

Pedro destaca ainda que "neste filme, a contrapartida social não está no tema focado em si, mas justamente na própria realização do mesmo, e é assim que deve ser com qualquer filme de ficção, animação ou documentário: a contrapartida é cultural".

"Questões como o acesso à cultura e os meios de produção acabam sendo mais importantes do que a problemática do tráfico e a relação com a polícia" - avalia o diretor. "Ainda tivemos a escolha de entrevistar apenas moradores da região, sem depoimentos de sociólogos ou especialistas que lá não vivem".

Iniciado em 2004, cinco anos depois o projeto tem a primeira exibição, com entrada franca em duas sessões. Às 19h e às 21 h.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Viral groove



Esse vídeo é fenomenal! E é só primeiro de um mix de Kutiman.

Aqui nesse belo site tem a bagaça toda. Chapante! Do funk ao reggae e seguindo viagem no som black e suingado. Remixes de sons e imagens.

Recomendadíssimo.

quinta-feira, 5 de março de 2009

quarta-feira, 4 de março de 2009

Coletividade



No próximo sábado às 20:30 h a Record News SC exibe o programa Catarina que fez um especial com o Clube da Luta.

Filipi Lelé , Rafael Lange, Jean Mafra, Emília Carmona e eu fomos entrevistados pela apresentadora Patrícia Lima que levou um lero legal sobre música, moda e o trabalho coletivo.

terça-feira, 3 de março de 2009

Desencanto

Assim que saiu da bad trip racional em 1976 Tim Maia gravou um discaço todo cantado em inglês de onde tirei essa pérola. É um de seus álbuns menos conhecido mas dos melhores.

Tim Maia - Let's Have a Ball Tonight

Na época Tim estava praticamente falido e com a banda reduzida a Paulinho Guitarra, Dom Pi nos teclados e Carlinhos Simões no baixo. Ele tocava bateria e cantava nos ensaios e no disco. Quando pintava um show chamava Paulinho Braga pra assumir as baquetas.

Essa foto da banda na contracapa rende uma das melhores histórias contadas por Nelson Motta na biografia de Tim.

Encontrei aqui mais alguns outros"causos" que o músico Dom Pi relata. Segue um:

TENSÃO EM UBERLÂNDIA

O festival era pelo aniversário da cidade. Estavam programados três dias de shows de rock numa espécie de Woodstock mineiro, com muita loucura, drogas e som pesado. O Maia, que estava “estourando” no Brasil, foi programado para ser o último, encerrando a festa em grande estilo.

Bem, logo no primeiro dia, houve evasão de renda da bilheteria e os artistas que se apresentaram antes do Maia tiveram sérias dificuldades para receber seus cachês. Eles tinham seus empresários no local, o que, em tese, facilitava as coisas. Nesses dias, o Maia havia brigado outra vez com a Janete e tava no hotel derrubando garrafas e mais garrafas de malte escocês – e não estava nem aí para nada. Mas, na hora marcada, lá estava o Maia no estádio lotado, levando a platéia ao delírio. Ele cantou legal, encerrando a festa com chave-de-ouro. Uma pessoa tinha sido encarregada de receber o cachê com o empresário. Era um dos organizadores do evento, que ficou mais próximo de nós.

No final, ele chegou para o Maia e disse que o pagamento seria feito com um cheque, que logo pensamos: borrachudo, é claro! O Tim ainda tentou argumentar, mas não havia jeito... O detalhe é que todos os outros músicos haviam recebido em dinheiro vivo.

Bem, depois do concerto foi oferecido um jantar numa discoteca da cidade aos artistas e músicos. Nessa época, havia sido lançado um carro de luxo, o Dodge Dart, carro caríssimo. O empresário tinha um amarelo, zero quilômetro. O Tim gostou do carro, inclusive foi dirigindo do hotel até a discoteca. Durante a festa alguém teve a idéia: se no dia seguinte teríamos que estar em São Paulo, para uma gravação em televisão, por que não seqüestrar o Dodge até o cheque ser compensado na segunda-feira?

Ótima idéia. Um dos músicos pediu a chave do carro para levar o Maia pro hotel e... voltar logo. O cara não desconfiou de nada e, todo sorridente, entregou as chaves. Foi um tchau! No dia seguinte, estávamos hospedados em outro hotel, em Sampa. Na segunda-feira, quando foram compensar o cheque, ficou confirmada a qualidade de borrachudo. O Maia, que tinha de estar de volta ao Rio em dois dias, se perguntou: o que fazer com o carro? Ele tinha um Alfa-Romeo de luxo e não iria precisar de mais um. Então, ele viajou e o Dodge ficou lá, no estacionamento do hotel. Como o veículo nunca foi reclamado pelo proprietário, o carro foi ficando, ficando... até que, um dia, virou propriedade do hotel, tendo inclusive recebido um logotipo da empresa: Hotel Rosas.

Me lembrou fato semelhante acontecido coma banda Dazaranha e que me foi contado pelo Adauto.

A banda fez um show em Brusque e sentindo que não iam receber o cachet não tiveram duvidas. Pegaram uma moto pertencente ao contratante caloteiro e meteram no bagageiro do ônibus e a trouxeram para Floripa. Só devolveram quando chegou o din-din.

Ditabranda

Mais uma certeira do Latuff.

No próximo sábado haverá um ato público às 10 da manhã - em frente ao prédio da Folha de São Paulo, na Alameda Barão de Limeira, 425 - em protesto ao insulto à memória das vítimas da ditadura militar e aos professores Fábio Konder Comparato e Maria Victoria Benevides.