segunda-feira, 30 de abril de 2007

Timeline

A História da Humanidade por Milo Manara. Clicando na imagem ela é ampliada e indo ao Sexoteric Blog, de onde peguei esses quadrinhos, você pode ver na íntegra.







quinta-feira, 26 de abril de 2007

Soul Power




Vai outro groove pra baixar aí? Esse é uma pedreira de Bobby Byrd, acompanhado pelo trombone de Fred Wesley and The JB's. Talvez você nunca tenha ouvido falar nele mas certamente já o viu e ouviu. Ele é o famoso mestre de cerimônias que abria o shows de James Brown. Era aquele que trazia a famosa capa naquela encenação toda de James caindo de joelhos, saindo escorado do palco, para numa volta trinufal jogar tudo para o alto e gritar no microfone. É a voz de Bobby que no início de Make it Funky de James Brown faz a pergunta: "Whatcha you gonna play now?" * e James responde: " Bobby, I don't know but whatsoever I play it's gotta be funky! "*. Bobby também é a voz que faz a resposta para o Godfather of the Soul em Sex Machine ( Get on up! ) e em Soul Power.

Ele e James eram como irmãos. Em 1952, após ser libertado da prisão juvenil, James Brown foi acolhido pela família de Bobby. Juntos criaram a banda Famous Flames, que mais tarde passou a se chamar James Brown & THe Famous Flames.
Bem, sem mais delongas aqui segue a música I Know You Got Soul com Bobby Byrd and The JB's.

* O que você vai tocar agora?
* Bobby, eu não sei mas o que quer que seja que eu toque, tem que ser funky!

Caranguejos espertos




Um passarinho me contou que a banda pernambucana Mombojó volta à Florianópolis no dia 13 de maio para uma apresentação no Teatro Álvaro de Carvalho - o TAC - a centenária casa de espetáculos no Centro.
A primeira vez que a banda tocou em nossa cidade, conferi o show que infelizmente aconteceu no Mecenas bar na Trindade, mais conhecido como "Mercenas". Lugar de péssima acústica e outras coisas que nem quero falar agora.
No site da banda é possível baixar gratuitamente os dois álbuns lançados pelo grupo, na íntegra.

"O bom e velho jornalismo feito de fatos e não de preconceitos"

Do blog Diário Gauche

"Dizer que o Franklin Martins se saiu bem no Roda Viva é dizer pouco. Os (de)batedores do FM estavam ensandecidos. Tudo boneco de ventríloquo de patrão - as velhas oligarquias da mídia brasileira."

"Franklin foi para um baile de cobras, mas levou perneiras e deu também as suas estocadas. Vendo os caras falarem ao vivo se compreende o motivo de tanta pobreza e jequice na grande mídia."


O ministro Franklin Martins arrasou no meio daquele bando de lacaios. Perdi essa na segunda mas graças a um leitor do Diário Gauche que postou os links nos comentários fui conferir no You Tube. Lá está o programa na íntegra. Recomendo. Coloco aqui a primeira parte.

Será?




Um dos assuntos do momento é o possível fim da banda carioca Los Hermanos, que anunciou em seu site que vai " dar um tempo" para que os integrantes se dediquem à projetos paralelos. É impressionante a repercussão dessa notícia na internet.

Assisti muitos shows memoráveis do grupo onde botaram os indies pra sambar, sendo o melhor deles em Curitiba no lançamento do disco Ventura, que junto com O Bloco do Eu Sozinho é uma boa mostra de novas possibilidades para o rock nacional.

Os caras são gente boa e muito inteligentes, bem articulados. Parece ser algo que incomoda muitas pessoas. Agora também o que tem de fã chato da banda não é mole. Parecem muito com os Legião Urbana freaks só que metidos a cool.

E falando em projetos paralelos, já li que o Rodrigo Amarante vai participar do novo disco do Devendra Banhart, o neo-hippie norte-americano fã de música brasileira.

Faichecleres




Com show de lançamento do segundo CD marcado para o próximo sábado em Florianópolis, leio agora no blog Armênios que a banda Faichecleres, a mais gaúcha das bandas curitibanas, sofreu um golpe e tanto: a saída do baixista e frontman Giovanni Caruso. Quem está substituindo o rapaz, temporariamente, é Raphael Machado, do grupo Os Dissonantes ( no meio da foto entre o guitarrista Marcos Gonzatto, à esq, e o baterista Tuba). Em seu fotolog, Os Faichecleres anunciaram que estão selecionando um novo baixista/vocalista. Boa sorte e bola pra frente rockers!

terça-feira, 24 de abril de 2007

Funk is alive




Garimpando sons por aí descobri uma baita cantora de funk e uma banda poderosa: Sharon Jones and the Dap-Kings de Nova Iorque. Se ninguém dissesse nunca saberia que a banda é atualíssima. A sonoridade é 60's funk total. A banda já tem alguns discos, lançados pela gravadora Daptone Records e página no My Space. Lá dá pra ouvir 4 músicas mas se quiser há também uma ferramenta para compra de downloads por US $ 0,99 cada canção. Na seção de fotos tá lá a Sharon abraçada ao Godfather of the Soul, James Brown em pessoa, passando a tocha. Yeah!

E eu entrego o ouro aqui para baixar e se deliciar com a música How Do I Let a Good Man Down.

Sopão de Filmes




Clique na imagem para aumentar

O evento que nasceu despretencioso e era realizado na casa do Alan Stone cresceu e agora acontece num lugar com uma estrutura melhor e super bem localizado. No Pomar das Artes na rua do Morro do Horácio.
O Sopão de Filmes é uma reunião de apreciadores de áudio-visual onde são exibidas produções locais, vídeos experimentais, documentários, trash-movies e muita coisa curiosa. Esta edição acontece no próximo domingo e a entrada é franca. Sempre sugerindo uma contribuição e que cada um leve sua birita por que tá pensando que é só ficar no escurinho do cinema é? Não, tem sempre uma after-party. Vai lá.

"Quando toco sou o cara mais lindo do mundo"

Hoje assisti a um DVD hilário. Meu brother Ledoux trouxe ao estúdio de ensaio uma gravação de uma festa de aniversário organizada pelo Toicinho. Deixe-me dizer quem é o Toicinho. Um excepcional ser humano e músico de talento descomunal. Como baterista já tocou com Elis Regina, Nélson Ned, Agnaldo Timóteo e uma lista enorme de artistas. Há muitos anos retornou pra Florianópolis e toca como free-lancer em vários grupos de jazz e MPB. O conheci como diretor musical de um grupo que contava com uma cantora, uma pianista e ele na bateria. Observar o modus operandi dele foi uma experiência e tanto. Toicinho dava toques incríveis de canto e de piano. Realmente é um músico completo.

Muitas vezes o assisti tocar bateria e teclado ao mesmo tempo, sem nunca perder o timing. Dizem, e eu acredito, que Toicinho aprendeu a tocar piano pintando um teclado no teto do seu quarto, onde ficava tocando notas imaginárias, montando acordes.

Certa vez, fui testemunha, o cara desmontou a bateria enquanto tocava e a música não perdeu o beat nunca! Ele é um polvo dado a mil malabarismos. E isso é pouco ainda. O venerável músico também é inventor e já foi matéria de jornais com algumas engenhocas como a bicicleta para dias de chuva.

Pois no DVD que assisti não é que o Toicinho estava tocando numa banda de rock, quebrando tudo tal qual um John Bonham. É! Agora ele é integrante da banda Vanaheim. Numa guinada inesperada ele se juntou ao Cláudio e o Mauro, que fazem um hard-rock responsa desde a década de 80.

Ledoux e o Alan Stone, a dupla dinâmica da produtora Pintô Sujêra, estão editando um documentário sobre esse fantástico cara. Aguardamos ansiosamente.

PS: O título do post é uma frase do Toicinho que ouvi da boca do próprio. Mostra realmente o poder da Música!

Murderer or hero?





- E se cho seung-hui houvesse juntado-se aos marines americanos e todas as suas vítimas fossem iraquianas?!
- Ele seria considerado um assassino ou um herói?

Post vindo direto do blog Implicante. Ilustração do Latuff.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Sabadão Funk-samba-rock-soul




Quadrinho da Chiquinha para ilustrar um post sobre o excelente sábado, dia 21 de abril.

Muito legal ter participado do Chá Dançante. Gente legal, velhos e novos amigos, troca de sons, alto astral e um chazinho de hortelã com maçã perfeito. Foi ótimo tirar a ferrugem e discotecar de novo. Não fazia isso desde o tempo em que eu promovia festinhas freaks com o Radji e o Cachorro. Um grande abraço e muito obrigado aos amigos Gustavo (aka DJ Zé Pereira), ao DJ Mezenga Bill (aka Jean Mafra) e à simpática e guerreira Ariela Grubert.
E nesse mesmo sábado rolou também o Clube da Luta. Após o Chá Dançante, fomos todos para lá e chegamos ao final da apresentação da Maltines, ainda a tempo de assistir as bandas Kratera e Rufus. Que paulada! O Clube se agiganta com a entrada de novas bandas e ainda neste mês, no dia 28, terá sua primeira edição em Curitiba.
A iniciativa de reunir o que de melhor é feito na música catarinense cruza fronteiras e repercute longe. As últimas notícias são alvissareiras. Novas parcerias devem incrementar esse caldeirão musical onde o que conta é a qualidade. Salve Santa Catarina!

R.I.P

Morreu ontem, num acidente de moto, o Orelha, um dos organizadores do Rural Rock Fest, festival que acontece na cidade de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis. Muita paz e força para a família e para os amigos.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

É amanhã!


Como diz a Joice: Quem tem amigos tem tudo

Meu amigão do coração Felipe, o Zylber, florianopolitano residente na Paulicéia onde trabalha na Editora Abril, entrou no mundo do bloguismo e está com este endereço: Zylbersz . E através do Zylber fui descobrir o blog de outro camarada florianopolitano que se bandeou, mas esse para Porto Alegre, o Piangers. Salve rapaziada da Baiúca!

quinta-feira, 19 de abril de 2007

A luta continua




Eita que sábado, 21 de abril, a coisa vai ferver. Organizado pelo DJ Zé Pereira e pelo Jean Mafra o Chá Dançante vai chacoalhar o Café Matisse. E o DJ convidado é nada mais nada menos do que este que vos escreve. Já tou preparando uma seleção caleidoscópica de sonzeras. A coisa começa cedo, às 17 hs e segue até meia-noite.

Depois as baterias viram-se para o Café Fios & Formas onde acontece mais uma edição do famigerado e incrível Clube da Luta. Com a estréia de Kratera e da Maltines, além da banda Rufus. E o melhor de tudo, só 5 pilas pra entrar em cada festa. E tu vai ficar em casa?

Paulicéia Desvairada








Cosamalinda ver as mudanças que a lei que proíbe outdoors e regulamenta as fachadas de estabelecimentos comerciais em São Paulo está fazendo pela cidade. Prédios simpáticos surgem por trás das antigas propagandas. O pessoal agora vai dar um trato e em alguns meses um panorama completamente diferente, colorido, arejado, será visto. Hoje peguei algumas imagens dessa revolução no Trabalho Sujo do Alexandre Matias. Ele colocou fotos do fotolog do Tony de Marco. Fui lá visitar e divido um pouco com vocês.

PS: Alguns amigos que acessam o blog me perguntaram sobre os comentários. Abaixo de cada post você clica em comments e pode discordar, malhar, espinafrar e até elogiar. Mas tudo com elegância e fair-play, ou eu limo sem dó nem piedade pra manter o nível.

Cookie Monster

Descobri um programinha legal para legendar vídeos. Chama-se Mojiti. Pra aprender a mexer legendei um vídeo do adorável Cookie Monster da Vila Sésamo e do Muppet Show. Que figura! É o lariquento-mór.

With a little help from my friend Joice

Com a cortesia da minha amiga Joice dos blogs Implicante e Vozes do Sul, o texto de Roberto Mangabeira Unger citado anteriormente, na íntegra.



A QUESTÃO NACIONAL

Uma questão ultrapassa em importância todas as outras no Brasil de nossos dias: a questão nacional. Para que o país se construa e alcance o tipo de desenvolvimento que quer, afirmando dentro da humanidade personalidade própria e desbravando rumo certo, precisamos superar o que tem sido nossa maior fraqueza.
É a mentalidade de Vichy, que predomina -e que quase sempre predominou- entre nossas classes abastadas e imperantes.
No Brasil, quem inveteradamente se identificou com a nação foi o povo pobre, trabalhador e mestiço.
A classe média oscilou entre a rebeldia nacional e o espírito de rendição. E os ricaços e ilustrados, em grande maioria e em todas as épocas da história brasileira, inclusive a atual, nunca creram na originalidade do Brasil. Viram o país muitos, e o vêem hoje, como lugar onde a doçura e o atraso vivem casados. Segundo eles, com os indispensáveis préstimos e heranças pode levar-se no Brasil vida agradável, porém atribulada por atraso em consolidar os hábitos e as instituições de países mais exitosos e menos suaves.
Essa falta de identificação com o Brasil por parte dos que podem e sabem não é apenas desastre, é também anomalia. Na história dos grandes países modernos, a afirmação nacional tem sido comumente projeto das elites, sobretudo das elites do poder e do pensamento. A tal projeto só depois se costumam converter as maiorias.
Entre nós, as maiorias não precisaram ser convertidas. E não conseguiram converter os endinheirados, os letrados e os mandões.
A forma característica do descomprometimento com o Brasil hoje é cosmopolitismo frívolo, comodista, acovardado, orgulhoso de sua desilusão e, sobretudo, ignorante. Ignorante do papel decisivo que a confiança na originalidade coletiva e a busca de caminho novo desempenharam na formação dos países a que esses mesmos desiludidos se curvam. O colonialismo mental encontra pretextos no discurso da globalização e instrumentos nos fatalismos que proliferam nas ciências sociais.
É hora de fazer guerra contra a doutrina da rendição perpétua.
Nunca se reuniram tantas condições favoráveis à vitória da tese nacional acalentada pela maioria. O Brasil está a um passo de construir as bases de desenvolvimento socialmente includente. A ascensão da China e da Índia nos cria mais oportunidades do que dificuldades.
O governo central não está mais em mãos de gente que desacredita no país. Os fatalismos estão intelectualmente desmoralizados. A nação fervilha, espera e exige.


quarta-feira, 18 de abril de 2007

Todo mundo vai embora, todo mundo tem sua hora





Com um pequeno exército ele saiu da Sierra Maestra e tomou um país que era o playground dos americanos abastados e putanheiros e até hoje está no poder. Mesmo discordando de regimes ditatoriais, de fuzilamentos, de falta de liberdade de expressão, não posso deixar de admirar muitas conquistas dos cubanos com a Revolução liderada por Fidel Castro. E o que aconteceu nesta pequena ilha do Caribe, nas barbas do Tio Sam, foi uma revolução. Aqui no Brasil nós tivemos foi um GOLPE que destituiu um presidente de direito.

Ontem Mino Carta informou em seu blog que o Michael Moore esteve em Cuba conhecendo o sistema de saúde do país. Disse Mino e eu dissemino ( com o perdão pela sub-poesia concreta):


Michael Moore, o cineasta transgressor, visitou Cuba e voltou a Nova York com a seguinte conclusão: a saúde pública na ilha é muito mais democrática, eficaz e funcional do que nos Estados Unidos. O próximo filme de Moore destina-se a desvendar, leio no Il Corriere della Sera de hoje, a debacle do sistema de saúde americano, refém das multinacionais farmacêuticas e das companhias de seguro. Este é o modelo copiado no Brasil, como tantos outros de puríssima marca estadunidense, e de hábito transformados em caricaturas. Gostaria que Moore nos visitasse de câmera em punho para constatar.

É coisa nossa

Post do blog do Nassif ontem. Gostaria de postar o artigo de Mangabeira na íntegra mas é acessível somente para assinantes da Folha.

A questão nacional

Muito bom o artigo do Roberto Mangabeira Unger na "Folha" de hoje sobre um paradoxo brasileiro: a identidade nacional está presente nas classes mais populares e desassistidas e ausente das elites, ao contrário de todos os países com projetos de afirmação nacional.

"Essa falta de identificação com o Brasil por parte dos que podem e sabem não é apenas desastre, é também anomalia. Na história dos grandes países modernos, a afirmação nacional tem sido comumente projeto das elites, sobretudo das elites do poder e do pensamento. A tal projeto só depois se costumam converter as maiorias.

Entre nós, as maiorias não precisaram ser convertidas. E não conseguiram converter os endinheirados, os letrados e os mandões.

A forma característica do descomprometimento com o Brasil hoje é cosmopolitismo frívolo, comodista, acovardado, orgulhoso de sua desilusão e, sobretudo, ignorante. Ignorante do papel decisivo que a confiança na originalidade coletiva e a busca de caminho novo desempenharam na formação dos países a que esses mesmos desiludidos se curvam. O colonialismo mental encontra pretextos no discurso da globalização e instrumentos nos fatalismos que proliferam nas ciências sociais".

Toma lacaio

Diogo Mainardi se ferrou. O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, ganhou em primeira instância um processo movido contra o "jornalista" da Veja, por danos morais na 2ª Vara Cível do Rio de Janeiro. Mainardi foi condenado a pagar R$ 30 mil.

Mainardi acusou Franklin Martins de ter participado da quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa, episódio que resultou na saída de Palocci do Ministério da Fazenda, e de ter beneficiado familiares em contratações pelo serviço público.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Sad but it's true

E você ainda duvida de que, como dizia Voltaire," deixaremos este mundo tão tolo e tão malvado como o encontramos quando chegamos a ele"? A maravilha que é a era da WEB 2.0 tem seu lado negro. Os amadores estão conquistando o mundo. Muita opinião e pouca informação. Cada vez mais falta cultura pra cuspir na estrutura. Mas seguimos desafinando o coro dos contentes.

sábado, 14 de abril de 2007

Viver na flauta não é mole não




Falando em estranhos acontecimentos e músicos em Florianópolis, no próximo dia 21 de abril, farão 100 anos da morte do flautista Patápio Silva aqui em nossa cidade. Patápio foi considerado o inventor do "dugue-dugue", uma técnica em que o flautista ressalta a melodia apoiando as notas altas com inúmeras notas arpejadas e que aproximou a música erudita do chorinho brasileiro. Entre sua composições um dos destaques é "O Sabão", uma polca com estrutura inovadora para os padrões da época. "A melodia literalmente escorrega por entre os tons, passando maliciosamente pelos semitons (o que os técnicos chamariam de cromatismo), conferindo à melodia sua característica bem brasileira", diz o livreto "Patápio: Músico Erudito ou Popular?", publicada em 1983 pelo Ministério da Educação e Cultura.

Patápio estava em turnê pelo Brasil quando chegou em Florianópolis em 1907, vindo de Curitiba. Aqui adoeceu e agonizou 10 dias num hotel da Rua Conselheiro Mafra, até que passou desta para melhor. As circunstâncias misteriosas geraram várias versões, algumas semelhantes às da morte do bluesman Robert Johnson.

De acordo com o verbete sobre ele na Wikipédia, " tocava e compunha com a mesma desenvoltura, transitando naturalmente pelo erudito e popular. Foi considerado gênio ainda em vida, e a morte precoce reforçou o mito. Era com entusiasmo que Florianópolis aguardava a apresentação do virtuose naquele distante 1907. A uma semana do espetáculo, o jornal "O Dia" comemorava: "A nossa sociedade, tão pobre de distrações artísticas, vai ter dentro de poucos dias o prazer de ouvir um flautista de raro merecimento". O concerto estava marcado para 18 de abril. Seria no Clube 12 de Agosto. "O exímio flautista Patápio Silva foi ontem acometido de forte influenza, recolhendo-se ao leito com febre alta", noticiou "O Dia". Apenas depois da morte de Patápio é que desconfiou-se de infecção intestinal, possivelmente causada pela ingestão de alimento contaminado. As condições sanitárias da época eram precárias. Também se falou em envenenamento. De acordo com essa versão, Patápio teria cortejado a mulher de um importante político local, sendo por isso alvo de vingança. Correu ainda a história de que o flautista viajava acompanhado de uma bela mulher, que teria despertado a cobiça do tal figurão e inspirado a idéia do envenenamento. Mas nada disso foi comprovado. Centenas de pessoas foram ao velório no saguão do Hotel do Comércio, onde Patápio viveu os últimos momentos (o prédio da Conselheiro Mafra, em frente à Alfândega, abrigava ultimamente as Casas Coelho, loja que sofreu um incêndio ). Os pertences do músico foram confiscados pelo hotel como pagamento das diárias ­ inclusive a flauta, que teve destino ignorado. Em 1915, os restos mortais de Patápio foram exumados a pedido da família e transladados para o Rio de Janeiro.

Com essa, encerro - por enquanto - os fatos estranhos e macabros que aconteceram em Florianópolis com alguns músicos. E notando que ainda hoje a nossa "sociedade" carece de "distrações artísticas", no sentido de políticas culturais do governo. A elite governamental é ignorante e vive ainda lá no séc. XIX, nem chegou ao séc. XX. Ô racinha brega e colonizada. LHS estende o tapete pro Domenico de Masi fazer a política cultural de SC. Cheio de gente competente e talentosa no quintal de casa e o sinhô pelo jeito vai deixando a classe artística catarinense à margem de todo o processo novamente. Quanta criatividade ociosa doida pra trabalhar! É por isso que damos o grito de toda força às iniciativas como o Clube da Luta e tantas outras.

Toma FHC




A coalizão do Lula para o segundo mandato tá foda! A costura juntou de tudo nesse governo. Vamos estar de olho mas o prazer de ver os tucanos abrirem o bico pra dizer "Estamos aniquilados" é bom demais né não? Tamos muito mal de oposição agora só com esses "Democratas" e alguns ex-esquerdistas, tipo o Gabeira.

Luís Weis escreveu no Observatório da Imprensa sobre a repórter da Folha que entrou com um gravador "no festivo jantar do presidente Lula com as duas centenas de políticos - ministros, deputados, senadores, governadores e outras excelências - que compõem a elite pemedebista, anteontem à noite." O presidente discursou soltinho e veio com frases assim: "São as circunstâncias históricas que permitem que, em determinados momentos, a gente seja mais progressista, mais conservador, que a gente seja amarelo ou seja verde. Quem faz política não pode ser que nem a parede de uma hidrelétrica, "imexível" como diria o Magri [Antonio Rogério Magri, ministro do Trabalho no governo Collor]."

Lula cada dia me parece mais com Getúlio Vargas, nas artimanhas e jeito de governar. Pra uns mera retórica. Um amigo jornalista, que trabalha na Câmara Federal, contou que o deputado Ciro Gomes outro dia ria-se na sala do cafezinho deliciando-se com esse balão que Lula tem dado em quem tenta entendê-lo analisando suas táticas sem ver as estratégias.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Coisas da Ilha




Outro dia escrevi aqui que Florianópolis zicou o ministro Gilberto Gil com as autoridades norte-americanas da Imigração. Ele foi recentemente detido num aeroporto dos EUA por conta de sua prisão por porte de maconha em Florianópolis nos anos 70. Bem, ontem comecei a ler o livro BRock - O rock brasileiro dos anos 90 - de Arthur Dapieve, e lá tem mais outra história de alguém que se ferrou portando drugs da ilha: Lobão. João Luís Woerdenbag, o Lobão, foi preso com 1 grama de cocaína na bagagem em fevereiro de 1987 no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, ao voltar de Florianópolis. Foi um período barra para o roqueiro que amargou mais uma prisão com pó um mês depois e acabou encarcerado por 32 dias. Ao mesmo tempo isso impulsionou sua carreira, desculpem o trocadilho infame, e as vendas do disco Vida Bandida que se tornou seu maior sucesso comercial.

Florianópolis não é chamada de Ilha da Magia à toa. Coisas muito mais estranhas do que prisões de músicos acontecem aqui. A Ilha definitavamente é uma mulher, com muita personalidade. Em outro momento retornarei ao tema.

Burnin' Down the House




A casa onde Johnny Cash e sua esposa June viveram de 1968 até sua morte em 2003, foi totalmente destruída pelo fogo na última tarde de quinta. A construção estava na etapa final de uma reforma feita pelo atual proprietário, Barry Gibb dos Bee Gees, que havia comprado a residência dos Cash em janeiro de 2006. O cowboy rocker ficou mais conhecido entre nós depois da sua cinebiografia estrelada por Joaquim Phoenix ( eu tinha escrito River Phoenix mas esse morreu faz tempo depois de uma balada irada com alguns Chili Peppers. Valeu o toque Megui!) , como Johnny, e Reese Witherspoon como June.

Salve Simpatia!




Essa vem do blog do brother Dauro Veras.

Já tinha ouvido falar no Profeta Gentileza do Rio de Janeiro. Acho fantástico esse tipo de pessoa, extremamente discriminada e tão importante e necessária ao mundo. No museu virtual sobre o Profeta Gentileza pode-se ler a biografia incrível dele e ver um pouco da sua obra. Vai um pouquinho aqui:

"Com mais nove irmãos, José Datrino teve uma infância de muito trabalho, onde lidava diretamente com a terra e com os animais. Para ajudar a família, puxava carroça vendendo lenha nas proximidades. Desde cedo aprendeu a amar, respeitar e agradecer à natureza pela sua infinita bondade. O campo ensinou a José Datrino a amansar burros para o transporte de carga. Tempos depois, como profeta Gentileza, se dizia “amansador dos burros homens da cidade que não tinham esclarecimento”. Desde sua infância José Datrino era possuidor de um comportamento atípico. Por volta dos doze anos de idade, passou a ter premonições sobre sua missão na terra, onde acreditava que um dia, depois de constituir família, filhos e bens, deixaria tudo em prol de sua missão. Este comportamento causou preocupação em seus pais, que chegaram a suspeitar que o filho sofria de algum tipo de loucura, chegando a buscar ajuda em curandeiros espíritas."


"No dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói, quando tinha 44 anos, houve um grande incêndio no circo “Gran Circus Norte-Americano“, o que foi considerado uma das maiores tragédias circenses do mundo. Neste incêndio morreram mais de 500 pessoas, a maioria, crianças. Na antevéspera do natal, seis dias após o acontecimento, José acordou alucinado ouvindo “vozes astrais“, segundo suas próprias palavras, que o mandavam abandonar o mundo material e se dedicar apenas ao mundo espiritual. O Profeta pegou um de seus caminhões e foi para o local do incêndio. Plantou jardim e horta sobre as cinzas do circo em Niterói, local que um dia foi palco de tantas alegrias, mas também de muita tristeza. Aquela foi sua morada por quatro longos anos. Lá, José Datrino incutiu nas pessoas o real sentido das palavras “Agradecido” e “Gentileza”. Foi um consolador voluntário, que confortou os familiares das vítimas da tragédia com suas palavras de bondade. Daquele dia em diante, passou a se chamar “José Agradecido“, ou simplesmente “Profeta Gentileza”."

Seja benvindo Léozinho




Nasceu hoje o menino, filho do André Guesser, baterista da Samambaia, e da querida Aline. O ariano apressadinho rompeu a bolsa da mamãe de madrugada e veio ao mundo, de cesariana, às 8 horas da manhã desse dia 13 de abril, com 51 cm e 4 kg. Dá-lhe meninão! Meus parabéns aos papais, vovós, vovôs,titias e titios.

Bolachões




Amanhã, à partir das 9 hs, tem Feira do Vinil no Restaurante Sheriff Grill, na Rua Fernando Machado, Centro de Florianópolis. Boa pedida pra fazer um escambo de sonzeras.

Tudo a ver. Discos antigos na mais antiga rua de Florianópolis. A Fernando Machado foi originalmente o caminho que ligava a Catedral, então o centro da povoação erguida pelo bandeirante Dias Velho, à um riacho de água pura, que hoje é um esgoto que corre debaixo do canteiro central da Rua Hercílio Luz.

terça-feira, 10 de abril de 2007

British Invasion

Numa tarde de julho de 2004 o Cristiano, manager da banda Pipodélica, me chamou no MSN e perguntou se eu tinha interesse em produzir um show em Florianópolis para uma banda inglesa que tocaria no Festival Rock de Inverno em Curitiba. Me passou o link do site da banda, chamada Transcargo. Fui conferir e adorei a música. Vi que não se tratava de mais um grupo indie xexelento. Era pop da mais alta qualidade. Um bando de ótimos músicos com grandes canções e melodias perfeitas. Topei imediatamente e no início de agosto realizei um show com a Transcargo e a Pipodélica no John Bull em Florianópolis. Os pouco mais de 100 felizardos que compareceram tiveram uma experiência e tanto.

A banda gostou tanto da acolhida em Floripa que passou 4 dias na cidade. Durante essa estadia fomos tomar umas cervejas numa segunda-feira no bar Drakkar. Se tratando de ingleses essas umas são muitas. Saímos de lá, bebaços é claro, com mais um show fechado em cima da hora para a terça-feira. Na noite seguinte quem havia ido ao John Bull repetiu a dose e repassou a mensagem. O Drakkar ficou lotado. Pra completar, quando eu estava me dirigindo ao bar, lá pelas 19 hs, me liga o Amexa, da banda os Ambervisions, dizendo que estava ciceroneando um grupo uruguaio, Os Supersônicos, e que eles gostariam de tocar também. Maluco que sou eu topei, no dia em que o Drakkar balançou e quase caiu.

Transcargo fez uma apresentação boa pacacete. Em pouco mais de uma hora de show deram o recado e finalizaram com chave de ouro a passagem por Florianópolis. Depois da catarse que proporcionaram, olhei praqueles uruguaios locos e pensei: o que é que esses caras vão fazer agora? Qual a relevância de subir ao palco após tamanha descarga energética? Pois os caras subiram e conseguiram se impor e cair no agrado do povo. Recorreram às gimmicks para se estabelecerem. Dancinhas robóticas engraçadas, guitarrista tocando sentado nos ombros do outro guitarrista e por aí vai. Fizeram com que uma noitada que estava ótima, ficasse excelente. Dois shows internacionais e uma festa e tanto.

Transcargo ainda tocou em São Paulo e União da Vitória mas Floripa foi marcante como deixaram bem claro pra mim e pro Fábio "Mutley" Bianchini, que fez uma bela matéria com a banda para o DC. Além de levá-los para um programa bem de turista - comer sequência de camarão no Oliveira - apresentei-os à mais desconhecida de nossas praias: a prainha da Barra da Lagoa, onde o produtor e video-maker Ciáran, um irlândes ruivo, gorducho, super gente-fina e extremamente resistente às intempéries e à cerveja, filmou cenas para futuros clipes. No site da banda na seção Images, as fotos de praia são todas nesse local. Esses dias encontrei no YouTube vídeos com as apresentações da Transcargo em Curitiba. Foram postados pelo Marcelo, curitibano que vive em Londres e que foi um dos articuladores dessa tour.

Bem, aí tu me pergunta: E daí? Hehehe. Depois dessa enrolação e marketing pessoal barato eu digo: E daí que vai ver/ouvir e diz se não é massa.



E aqui vão de lambuja 3 músicas do primeiro CD da banda para download. Clique e aguarde alguns segundos para carregar e então clique novamente em Download file.

Transcargo - Saturday

Transcargo - Collision

Transcargo - If Only

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Ô coisa boa

Domingo de Páscoa classe A. Churrasco, pavê, chocolate, pitanga colhida no pé, um banho no mar quentinho do Campeche depois de uma baita tempestade e muita conversa boa deitado na rede. Espero que o de vocês tenha sido assim bom também. Deixo-os com um vídeo daquele que é, e sempre será, uma presença constante neste blog: Raul Seixas, cantando o Rock do Diabo, ao vivo.


quarta-feira, 4 de abril de 2007

Robert Crumb

O papa do quadrinho underground em uma história publicada no número 1 da Zap Comix. Lembrando que clicando na imagem ela é ampliada.










terça-feira, 3 de abril de 2007

Falou e disse

Sobre a movimentação de bandas que estão tomando os espaços públicos para mostrar sua arte, escreveu hoje o jornalista Marcos Espíndola na Contracapa do DC.


Se os nossos gestores públicos forem espertos, e não se deixarem contaminar pelo vírus da preguiça e o bacilo da ignorância, assumirão as rédeas desta onda, criando um circuito artístico muito interessante e promissor. Caso contrário é tomar a frente pelo nosso direito de cidadãos de acesso à cultura, arte e à livre manifestação. Que as bandas, poetas e demais realizadores das artes ocupem os espaços públicos para promover suas sacadas e o público faça valer o seu direito ao entretenimento. Desobediência civil também tem seus propósitos benéficos. Em resumo, contra a mesquinharia que teima em reinar, vamos à anarquia cultural!

E viva Santa Catarina!

Cascuda




Olha só essa. Keith Richards disse em entrevista à revista musical inglesa NME que a coisa mais estranha que ele cheirou foi seu pai. É, seu pai. "Ele foi cremado e eu não pude resistir. Moí um pouco das cinzas do velho com um pouco de cocaína" afirmou o imortal guitarrista dos Rolling Stones.
Fico imaginando o que que ele não estava fazendo em cima daquele coqueiro.

Heart of Glass




Lily Allen faz um cover de Blondie em Seattle. É um barato não?

segunda-feira, 2 de abril de 2007

É AGORA!




Ontem fui assistir o desenho animado Wood & Stock, de Otto Guerra, baseado nas personagens de Angeli. Pra quem já tinha devorado a obra do genial e corrosivo artista, poucas surpresas. As velhas piadinhas só que dessa vez com algum movimento. O desenho padece daquela falta de ritmo típica do cinema brasileiro até bem recentemente. A trilha sonora é um destaque. Começa bem paca com Rita Lee em "Eu Vou Me Salvar" do seu primeiro disco solo Build Up.

Na saída da sala de cinema do Sol da Terra, na Lagoa da Conceição, é que tive uma surpresa. No meio do público vejo o Edson Machado. É. Aquele que se tornou um símbolo do descaso do governo LHS com a Cultura catarinense. Aquele que chamou os artistas que contestam esse mesmo governo de "grupo tóxico". Tava lá ele com aquele seu cabelo cheio de gel e aquela cara de "gente de cultura", de "gente que faz"...merda!

Mas gente de cultura é alguém como o Jean Mafra, meu querido chapa e grande músico/compositor pensante e atuante. Ele dá o recado em sua coluna no site Tô Puto. Reproduzo aqui na íntegra.

senhoras, senhores, eis que de repente, AGORA, uma cidade é acordada! e essa cidade grita: AGORA! AGORA porque o momento pede urgência, e a urgência é necessária porque a cidade tem pressa!

| vive-se ilhado na ilha de santa catarina, parece óbvio e é mas florianópolis sai, AGORA, do estado de semi-óbito para mostrar a quem quiser (ou não) seu som! e AGORA é a cena e a cena é AGORA. porque a gente quer e a cidade precisa (e AGORA!).

| se em 2006 vários nomes da música pop(ular) de floripa se juntaram para apresentar suas canções no CLUBE DA LUTA (em noites de combate contra a imbecilidade ilhada), em 2007 a cidade grita: AGORA! e ainda que o CLUBE seja novidade, a LUTA é a mesma de sempre — e se a luta é injusta, o CLUBE está aí para fazer justiça! AGORA!

| e AGORA é a cena porque a cena tem pressa e a vida é curta. a cidade é linda mas é má! e se ela dá, ela exige: lute. AGORA! e florianópolis é uma moça linda, mas é uma moça burra e com mau hálito. mas daqui pra frente tudo será diferente (e a partir de AGORA!). pois é preciso amar a cidade e ao amá-la saber que a cidade não é só morro e mar, a cidade é também concreto e é entre o mar e o concreto que surge o som AGORA.


| AGORA é uma cena diversa e divertida que ainda nasce. mas renasce e morre e renasce todo dia em florianópolis AGORA. e a cena tem muito a oferecer ― maltines, samambaia sound club, gubas & os possíveis budas, rufus, felixfônica, andrey & a baba do dragão de komodo, tijuquera, cravo da terra, aerocirco, jeremias sem cão, coletivo operante, dub noise dj, killing ana, dj zé pereira, odas & sodas, tatiana cobbet & marcoliva, z?, dj mezenga bill, fonomotor, dellamark, quem diria maria, hot pants, silvio mansani, ilha de nós, da caverna, os berbigão, supersilvas, kratera, verano, dj marcelo pimenta, kronix, zuleika zimbábue e outros tantos que o digam! e que digam AGORA!

e tem mais: um som da ilha não houve e nem há! há sim diversidade, e é isso que esses nomes têm em comum: diferenças! só assim uma cena é cena, com pluralidade. em comum há o fato de todos estarem aqui e AGORA!

AGORA é a cena e a cena é AGORA!

e esse é o som da cidade AGORA!


É isso aí. Nossa tarefa AGORA é a construção de pontes. Chega de ficar ilhado. Pelo andar da carruagem Florianópolis assistirá algo como desde o grupo SUL não se via. Uma movimentação multi-cultural, interdiscipinar. Faço coro com o Jean sobre a necessidade dessa terra, histórica, política e culturalmente defasada, abraçar o pop(ular). Como diz ele: " O pop é que paga as contas!". E tem muito mais gente trabalhando esse atraso: Marcos Espíndola, Zé Rafael Mamigoniam, Valdir Agostinho, Fábio "Mutley" Bianchini, Pintô Sujêra, Alejandro Ahmed, Rodrigo Cunha, Marco Valente, Vinil Filmes, Pipodélica, Alexandre Gonçalves, Airton Perrone, Nação Balanço, Joca Wolff, Emerson Gasperin, Kratera, Rádio Campeche, Dazaranha, Galvão, Lígia Gastaldi, Ambervisions, Sarcástico, Crica Gadotti, ERRO grupo, Polifônica, Demétrio Panarotto, Júlio Lemos, Dauro Veras, Sérgio Calderaro, Fábio Brüggemann, Tô Puto, Érico, Sallamantra, Lontra, Missiva, Stormental. Esses são alguns dos nomes, a lista cresce a cada dia que passa. Que tempos interessantes vivemos.