quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Orra meu



Este é um cover que se destaca sempre nos shows do Coletivo Operante e que a banda toda tem gostado muito pela mistura de reggae e surf music que deu liga.

Joga a Chave de Adoniran Barbosa foi gravada pelo nosso amigo Marcelo Solla em 2 canais - um com as vozes vindo da mesa e outro com um microfone captando a banda - em nossa apresentação na Grau Casa em Brusque no mês passado.

Celebração


Esta já está sendo chamada de a missa de Sétimo Dia do Clube da Luta. E contará com a presença do Domingos!

Neste sábado na Célula, acontece a festa de 3 anos da Contracapa do nosso estimado e atuante Marcos Espíndola.

É isso aí. Vamos dissolver os egos e misturar tudo numa panela fervente.

Bora lá.

Ativismo

Recebi através da lista Rede Música Brasl e republico na íntegra pois é bastante válido.
A política do rock


* Paulo Germano

Enquanto a cena de Porto Alegre padece moribunda, implodindo em decadência feito o Congresso, com bandas mais desunidas do que a cúpula do PT, eis que surge uma esperança, uma luz, um exemplo, uma lição, um messias, uma bênção, enfim, um troço massa mesmo.

Mais romântica do que um cara-pintada, mais ingênua do que a oposição do PCO (ok, tá enchendo o saco essa analogia com a política, mas é importante, acredite), mais combativa do que a Heloísa Helena, uma turma da Região Metropolitana vem dando aula de como se constrói uma cena roqueira. Porque, para montar uma cena, é preciso romantismo, ingenuidade e combatividade. Talvez política não seja só isso, mas rock é.

Bueno, o fato é que de uns anos para cá uma ideia cresce na Região Metropolitana, e as bandas lotam bares a torto e a direito, e parcerias são fechadas com as prefeituras, e grupos de outros Estados tocam em Canoas, e festivais fervilham sem parar, e uma banda chamada Cu Sujo tem público cativo. Troço fantástico!

Trata-se dos “coletivos”. São associações sem fins lucrativos que reúnem uma penca de bandas, produtores, donos de estúdios etc. O lance é baseado na tal “economia solidária”. Por exemplo, se o vocalista de uma banda é designer, ele cria o logotipo do estúdio de outro integrante do coletivo. Em troca, vai gravar duas músicas de graça. Já se um guitarrista manja de eletrônica, ele conserta um amplificador e, na permuta, vai receber tantas horas de ensaio.

– Isso tudo só funciona quando a cena anda. Um ciclo econômico começa a funcionar e, daqui a pouco, todos conseguem se manter – diz Wender Zanon, um dos cabeças do Coletivo BIL (Bandas Independentes Locais), de Canoas.

É tanta banda unida que, naturalmente, chama a atenção. A prefeitura de Canoas – aqui, em um exemplo de política justa – convocou o BIL para montar um palco alternativo na Festa do Trabalhador, evento tradicional da cidade no Dia do Trabalho. Em julho, o coletivo levou para Canoas o Ratos de Porão, que sequer deu as caras na Capital. O BIL ainda organizou o 1º Festival Canoense de Videoclipes Independentes e, em três anos, lançou três coletâneas com bandas locais. Pelo amor de Deus, isso é sensacional.

Outros coletivos pipocam em Esteio, São Leopoldo e já chegam a Santa Maria, Venâncio Aires e Pelotas. Na Capital, desde 2007 existe o Coletivo ExtremoRockSul, com adesão ainda tímida.

– Exatamente por sermos de Porto Alegre, nos sentimos na obrigação de propagar essa ideia – diz o produtor Juliano Fraga, romântico feito um cara-pintada.

Assim se faz política no rock.

* Publicado originalmente no jornal Zero Hora, na coluna Remix, em 27 de agosto de 2009.




segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Agora é ESCUTE!


Este era o panorama na Célula no fim da noite que ficou marcada na história da música catarinense. Queiram ou não,  nossa digital está impressa e para falar de música em SC não se pode negar que o Clube da Luta foi uma das iniciativas coletivas mais bem sucedidas em angariar público e visibilidade para a música autoral feita aqui.

Mais de 700 pessoas circularam pela Célula na ultima sexta, 18 de setembro, para o enterro do Clube da Luta. Logo na entrada pude cruzar alguns escassos mau-humorados que compareceram só para urubuzar o defunto e certificar-se de a morte era fato consumado. Mas a imensa maioria foi, é claro,  para curtir e saiu de alma lavada pois este é o espírito da coisa.

Eram 22:30 hs e a fila já estava formada na entrada da Célula. A banda Tijuquera subiu ao palco aos 15 minutos após a meia-noite iniciando a maratona com uma bela resposta da rapeize que chegou junto e não arredou pé até o último show com a Samambaia Sound Club.
12 bandas se revezaram no palco sem atrasos e nem maiores problemas. Tudo correu perfeitamente e o público ensandecido fez com que os músicos dessem o melhor de si em performances intensas de 12 minutos para cada banda.







Gastão Moreira, um entusiasta de primeira hora, estava lá feliz e foi lembrado por Márcio Costa na abertura do evento. A presença do ex-VJ da MTV - parceiro na  criação da Célula e no projeto - comprova o fato de que sua saída  da sociedade que mantém o bar Célula não foi nem traumática e nem belicosa como querem algumas más línguas, geralmente escondidas no anonimato.

Resumindo, a festa que foi um tremendo sucesso e  grande alegria para todos nós que participamos do projeto Clube da Luta por 3 anos. Foi a prova de que o trabalho coletivo dá resultado e mais um soco na mente daqueles que sempre falam que “nada ocorre no Estado”.
Agora o coletivo musical se reagrupa sob a marca Escute e bola pra frente. Márcio da Costa falou um pouco sobre o futuro em entrevista para Marcos Espíndola, que reproduzo aqui, junto com  matéria do Patrola feita na festa.

Contracapa – Bom, o “morto” ainda não esfriou, mas, com o fim do Clube, o que surge no horizonte?

Marcinho Costa – Surge o selo ESCUTE!. Esse é o nome que escolhemos para chamar nosso coletivo de bandas. Todos os shows, lançamentos de CDS e festas produzidas por nós (bandas e produtores do Clube da Luta) vão levar esse selo e, diferente do Clube, isso não vai acontecer só na Célula. E morre, também, qualquer tipo de regra.

Contra – O projeto ESCUTE! parece muito mais desafiador, uma evolução da proposta do Clube que aponta para um caminho há muito já cobrado; a profissionalização e a prospecção de mercados. Qual a estratégia de vocês para que não ocorra com o ESCUTE! o desgaste natural (porém muito rápido) e a consequente desmobilização que vimos com o Clube?

Marcinho – O único desafio é continuar lutando! A estratégia é muito simples: deixar as regras de lado pra dar mais liberdade de intercâmbio entre os artistas que consideramos interessantes. Porém, para aqueles que achavam que o CLUBE veio “salvar a lavoura”, lembramos que isso nunca foi dito por nós, nunca nos consideramos um movimento, nunca nos consideramos uma cena. Se for pra rotular, diria que somos um coletivo de artistas gritando juntos, e assim será o selo ESCUTE!

Contra – Os críticos do Clube, e também ex-signatários, dizem que o projeto ficou muito aquém do seu propósito inicial, que era divulgar a música de Santa Catarina e defender a causa da música autoral no Estado, mas acabou se tornando uma “panela de algumas bandas”. Assim como você, vejo que o projeto atingiu um ápice e desgastou-se, a ponto de virar apenas uma festa. Mas acumulou vitórias em tão pouco tempo. O que faltou conquistar?

Marcinho – Será? Será que as bandas e o próprio Clube da Luta não divulgaram a música de Santa Catarina? Posso falar pelo Tijuquera, que chegou até a Alemanha tocando música autenticamente Catarina. E tenho notícias vindas do Dr (Guilherme) Zimmer (Insecta/SC Conectada) que, em muitos festivais de música por todo Brasil, pergunta-se pelo Clube da Luta e, também, pela Célula Cultural, sede oficial da festa.

Contra – Embora bons provocadores, vocês não engoliram bem as críticas. Abra o coração, Marcinho, qual a autocrítica que você faz a respeito destes três anos?

Marcinho – Nossa ingenuidade talvez tenha sido esperar um entusiasmo cultural na cidade na mesma proporção de aumento de pessoas vindas de outros lugares, principalmente metrópoles do nosso país. Percebemos o contrário: quem vem viver e conhecer a Ilha não procura a cultura daqui, mas sim, praias (ainda) limpas e entretenimento fútil estilo Miami. Não teve exatamente um estopim para o fim, só uma jogada de marketing pra transformar uma marca em outra.




I love the way she walks



Não dá pra descrever o impacto que eu tive quando assisti pela primeira vez o filme Blues Brothers. Essa cena é um dos melhores musicais do filme com John Lee Hooker interpretando Boom Boom. Let the boy boogie-woogie!

Curso técnico



terça-feira, 15 de setembro de 2009

Fiat lux


Li na Piauí esta adaptação de Robert Crumb para o Genêsis da Bíblia. É a melhor parte da revista mauricinha.

Já que o site não libera nada para não-assinantes, peguei o link no Quadriteca.

sábado, 12 de setembro de 2009

Dos mangues de Recife ao mangue do João Paulo


Logo mais à noite acontece na Célula a segunda edição da festa Sambacana Groove com a banda Mundo Livre S.A que traz à Floripa o novo show Samba Esquema Dub em comemoração aos 25 anos da banda e 15 anos de lançamento disco Samba Esquema Noise.

Os fundadores do mangue beat estarão acompanhados do mestre Buguinha Dub na mesa adubando ao vivo o som da banda. Imperdível.

Recomendo também a leitura desta entrevista que a jornalista Alícia Alão fez com o líder da banda, Fred ZeroQuatro. Temas que nos são muito caros são abordados pelo músico.

Um trecho ( com destaque meu):

"Passei praticamente 10 anos compondo, desenvolvendo linguagem própria, mas sem muita expectativa de algo profissional. Era válvula de escape, fazer o som que a gente gostava. Até que apareceu essa parceira com o Chico e esse envolvimento com a formação dessa cena nova, que deu novo ânimo, vamos produzir, agora é mais viável acreditar que Recife pode se tornar um pólo, contemporâneo. É aquela coisa, uma andorinha só não faz verão. Aí a gente descobriu que não estava sozinho na parada, apareceram outras bandas na metrópole, de hard core, hip hop, e quando as antenas nacionais se voltaram pra lá, toda essa galera pode sair do gueto".

Disritmia

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O fim é só o começo



Por que será que incomodamos tanto?

Não se enganem. O Clube da Luta não vai "morrer" nunca pois quem o faz não está aqui de brincadeira e nem de hobby. Simplesmente as coisas mudam e estamos aí para que mudem para melhor.

Agora é tempo de evoluir o debate, se capacitar e empreender pois tá na hora de SC entrar no mapa musical do país, ou pelo menos na hora da gente criar uma cena auto-sustentável.

A kiss is just a kiss

De Saiman Chow.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

All You Need Is Love



"Pegue uma coisa que você ama e conte para todo mundo sobre ela. Encontre outras pessoas que tem a mesma paixão, e juntos se dediquem a tornar essa coisa ainda melhor. No final, você vai ter muito mais do que você ama, para você e para poder compartilhar com o mundo."


Esta declaração surrupiei na caruda do blog do Forastieri neste post muito foda.

Imagem: alien children

"Deboche não é crime"

High in the sky



Rita Lee na Esquadrilha da Fumaça pelos céus do Rio de Janeiro em 1974.