segunda-feira, 30 de julho de 2007

Procon neles!

Pessoal. Mudei de residência e, por tabela, de provedor, e só digo uma coisa: a NET é uma merda. Estou sem internet desde o sábado de manhã até o presente momento. Assim que as coisas voltarem ao normal coloco novos posts no ar. Agradeço a visita e até breve.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

" A reinvenção de Floripa"

Bem no mood de hoje aqui no blog, trago comentário postado anteriormente pelo amigo Rodrigo Lóssio.

"A informalidade é a grande característica no turismo da capital. A prefeitura arrecada, por exemplo, com o setor de tecnologia duas vezes e meia mais do que com Turismo. Tecnologia é uma indústria formal, com mão de obra qualificada, salário acima da média no município e, acima de tudo, não poluente. Se querem incentivar o turismo, que pensem antes o que fazer e não deixem na mão dos empresários".


Outro dia li ainda no excelente blog do Rodrigo, o Impressão Digital, um post relativo à uma matéria da revista Exame sobre o potencial do pólo tecnológico de Florianópolis. Escrita por Malu Gaspar, a matéria é bem interessante e conta com algumas ótimas informações. Segue um trecho com destaques meus em negrito:

"A imagem que muitos brasileiros e estrangeiros costumam ter de Florianópolis é a de um lugar perfeito para passar férias, com belas praias, boa comida e povo hospitaleiro. De fato, o visual encantador e a posição de sede do governo de Santa Catarina sempre sustentaram a cidade, mas ela nunca foi a economia mais importante do estado.

Mas, nos últimos anos, a ilha dos manezinhos, como são conhecidos os habitantes de Florianópolis, transformou-se num centro de inovações tecnológicas e empreendedorismo que a colocaram no radar de instituições como o Massachusetts Institute of Technology (MIT). Talvez por isso, no ano passado, a revista americana Newsweek incluiu Florianópolis na lista dos centros urbanos mais dinâmicos do mundo.

Graças à feliz combinação de boas universidades, qualidade de vida e incentivos fiscais, o setor de tecnologia, que até 2001 não estava nem entre os cinco mais importantes da economia local, passou o turismo e hoje é o maior pagador de impostos em Florianópolis.

Com o avanço da nova economia, há três anos o produto interno bruto da cidade pela primeira vez ultrapassou o da industrializada Blumenau -- atualmente, fica atrás apenas do PIB de Joinville. São evidências de que a cidade conseguiu reinventar sua vocação econômica e hoje colhe os frutos dessa empreitada".

"A Ilha inexistente"



No embalo do post anterior cito alguns trechos ( com destaques meus em negrito) de um artigo do professor da UFSC, Fábio Lopes da Silva, publicado no Caderno de Cultura do DC no dia 21 de julho. Leia na íntegra aqui.


"Assim como grande parte dos que habitam Florianópolis, só vim a morar na cidade quando já ingressara na vida adulta. À semelhança de muitos de meus concidadãos, fui escolarizado, portanto, em outras paragens - experiência que, para mim (e, suponho, para tantos outros), soa, retroativamente, muito estranha. Refiro-me, em particular, ao que acontecia nas aulas de geografia. É que nelas eu era apresentado a um mapa do Brasil do qual a Ilha de Santa Catarina não constava. A Ilha de Marajó estava lá, do mesmo modo que Fernando de Noronha. Mas o lugar que, ao fim de alguma errância, escolhi para viver simplesmente não era representado, como se não existisse".


"Ilhas, mesmo as desenhadas em mapas escolares, já têm qualquer coisa de irreal. Cercadas de água por todos os lados, elas tendem, por isso mesmo, a despertar em seus habitantes ou visitantes um sentimento de desconexão, de perdição. "Pedacinho de terra perdido no mar", diz, aliás, um verso famoso do rancho que serve de hino à cidade: caracterização muito precisa do que é esta ilha; descrição ainda mais pertinente de Florianópolis depois que a Ponte Hercílio Luz foi desativada e passou a assombrar as pontes novas, como que a lembrar-nos da precariedade de nossos vínculos com o Continente, ainda que a estrutura desses vínculos tenha, supostamente, a solidez do aço (o apagão que, recentemente, se abateu por dias sobre a cidade é outro fantasma dessa precariedade)".


"Já observei, em outros ensaios, que, em Florianópolis, se dissemina uma espécie insólita de cidadania, em cujos termos somos como que turistas permanentes (uma boa evidência disso - nem de longe a única - é dada, por exemplo, pelo número de indivíduos que residem há anos na cidade sem que seus títulos eleitorais sejam transferidos para cá). Nos mesmos ensaios, observei, ademais, que, coalhada desses turistas permanentes, Florianópolis - ou melhor, Floripa - não chega a ser propriamente uma cidade. É, antes, uma paisagem pela qual circulamos como em um interminável city tour. Melhor ainda: Floripa é, a rigor, menos que uma paisagem, menos que um conjunto de praias e montanhas em que prédios e casas, como a Ponte Hercílio Luz, são quase uma ilusão de ótica. Floripa, no limite, é um cenário - algo como uma Disneylândia subtropical".



Foto de Daniel Conzi/DC

Questão de prioridades

A edição do DC do último sábado trouxe uma nota na seção Informe Econômico que me chamou a atenção. Nela está uma afirmação do novo superintendente da Floram ( Fundação Municipal do Meio Ambiente), Itamar Bevilacqua. Diz ele que a parceria com a ONG FloripAmanhã é "fundamental". Um trecho:

Segundo ele, a ONG reúne uma parcela participativa da comunidade e será parte importante do projeto estratégico de gestão da Floram daqui pra frente.


Hum, pra mim aí tem. Dentro da "parcela participativa da comunidade" desta ONG, estavam vários presos pela Polícia Federal na Operação Moeda Verde. Será que ainda estão lá e ditam regras? Coisa pra ficar atento.

A nota ainda informa que desde 2006 para cá a FloripAmanhã viabilizou junto à iniciativa privada, 44 adoções de praças e locais públicos e outras 14 estão em negociação.

Não sou contra deixar a cidade mais bela mas tem coisa muito mais importante para uma ONG, que é citada como "fundamental" , fazer por Florianópolis do que plantar flores e cortar grama.

Lembrei-me de assistir a um empresário que adotou uma praça falar para o Ricardinho Machado numa entrevista para a TV, sobre como essas ações são muito importantes para os turistas que visitam Florianópolis.

Bem a cara da nossa elite que quer a cidade para ganhar dinheiro com o turismo e quem mora aqui que se f...

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Ilha da Fantasia

O amigo Renê Müller, que assumiu interinamente a coluna do Cacau Menezes no DC, mandou essa interessante notícia hoje.


"O painel que o professor Helton Eduardo Ouriques, da UFSC, apresentará no seminário Floripa Real, que começa hoje, na Assembléia, vai render. Ouriques estuda o modelo turístico da Capital há mais de 10 anos e mostra dados para afirmar que o setor turístico gera poucos empregos formais, de baixa remuneração, e traz grandes prejuízos ao meio ambiente. Vai contra toda a mobilização dos empresários do setor".



Deve ser um belo trabalho pra derrubar mais um dos mitos que existem em Florianópolis.

Boa pedida para um domingão invernal





Mais uma edição do Sopão de Filmes. Só clicar para ampliar a imagem.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

"Sou velho mas gosto de viajar"



Ontem estive na casa do Márcio Leonardo - baixista da Pipodélica e fabricante de cases alucinantes - e pude conferir uma prévia do novo disco da banda. E tá muito legal. O rock pipodélico evoluiu, cheio de nuances e psicodelias enxutas. Aguardamos pelo lançamento ainda neste segundo semestre.

No dia 27 de julho eles apresentam algumas das novas canções num pocket-show semi-acústico na Livraria Saraiva do Iguatemi. Bora lá.

Música Independente


Segue aí uma belíssima dica de Pedro Alexandre Sanches na caixa de comentários de seu blog, também conhecida como "a janela vermelha", um dos melhores cantos desse mar internético. É um texto do antropólogo Hermano Vianna, publicado no site Overmundo.

"Eu estava em Manaus, lá por volta de 1997, quando ouvi Chimbinha pela primeira vez. As rádios locais só tocavam brega paraense. Logo a sonoridade característica da guitarra, em todas as músicas, chamou a minha atenção. Era um dedilhado barroco, cheio de floreios, mas muito claro e seguro. Anotei o nome de alguns dos artistas, para procurar os CDs. Naquele tempo, ainda havia muitas lojas de discos, que vendiam os produtos oficiais, com encarte e ficha técnica. Percebi, em todos eles, o crédito para o mesmo guitarrista: Chimbinha. Como estava fazendo a pesquisa para o projeto Música do Brasil, e minha próxima escala seria Belém, resolvi procurar o cara. Foi fácil: todo mundo nos estúdios paraenses sabia onde encontrá-lo.

Chimbinha me deu de presente seu CD solo, chamado Guitarras que Cantam, hoje uma raridade que deveria ser relançada para os fãs conhecerem suas origens. Era um disco de guitarrada, claramente herdeiro das invenções dos mestres Vieira e Aldo Sena, que foram muito populares em toda a Amazônia no início dos anos 80, antes da febre da lambada. Sou fã de guitarrada - então foi fácil ficar fã do Chimbinha. As músicas Dançando Calypso e Na Levada do Brega, que abrem o Guitarras que Cantam, estão entre as minhas favoritas de todos os tempos. Elas aparecem tocadas ao vivo num dos episódios do Música do Brasil que passou na MTV e na TVE.

Fiquei fascinado com a movimentação musical em Belém, ainda totalmente desconhecida no sul do país. Escrevi o seguinte texto para o livro de fotografias do Música do Brasil:

"O brega, se ninguém ainda percebeu, é rock. Digo mais: é o mais amado e duradouro estilo do rock brasileiro. Tudo começou com a jovem guarda, e sua adaptação do rock internacional para o gosto popular nacional. Quando Roberto Carlos colocou em segundo plano as guitarras elétricas e se transformou em cantor romântico acompanhado por orquestras, a fórmula inventada pela jovem guarda se descentralizou, primeiro passando pelo Goiás de Amado Batista, depois pelo Pernambuco de Reginaldo Rossi, até chegar ao Pará do ex-governador Carlos Santos, também cantor brega, autor de dezenas de discos.

Hoje Belém é a capital do novo brega. Centenas de CDs são lançados anualmente, a princípio para um consumo regional, mas que começa a atingir também o público nordestino. Os músicos locais já nem chamam o que fazem de brega, dizem que é "calipso", música mais "sofisticada".

O marco do nascimento do calipso - não tem nada a ver com a música de Trinidad e Tobago - foi o sucesso Ator Principal, lançado por Roberto Villar em 1996. De lá pra cá, os discos do novo brega de Belém são produzidos com maior cuidado, as guitarras são dobradas, e o ritmo se acelerou. Algumas pessoas se destacam no meio da profusão amazônica de novas estrelas.

Chimbinha, com 23 anos, tocou guitarra em mais de 200 CDs, só em 1997. É uma das maiores revelações entre novos músicos brasileiros de qualquer estilo, sendo herdeiro direto das invenções de Renato dos Blue Caps - que criou o chacumdum da guitarra brega ao ser obrigado a tocar num disco de bolero, sem saber tocar bolero - e das guitarradas de Vieira"...


Leia na íntegra aqui. Recomendo e muito.

Cuidado com o Bulldog


Uma das minhas prediletas.

PQP



Vejam só essa. Um amigo meu, professor de cursinho, foi despedido por exibir o clássico de Stanley Kubrick, Laranja Mecânica, aos seus alunos. Isto aconteceu em Lages na Serra Catarinense. Uma aluna, revoltada com as cenas de ultra-violência e sexo, ficou de costas para a tela. Deu azar de ser filha de um outro professor do colégio. O caso chegou nos ouvido do dono e kaput.

A idéia era debater a violência à reboque dos últimos acontecimentos, como o caso dos cariocas que espancaram uma mulher que estava no ponto de ônibus.

É pra mim mais um sinal de quão careta este mundo está ficando. Coisa que só se torna mais forte desde 11 de setembro de 2001.

Como disse, bem a calhar, o Luiz Carlos Azenha :


"Enquanto vocês contam as medalhas de ouro do Brasil, não deixem de notar o que REALMENTE pode mudar a nossa vida de maneira dramática.

A Rússia se retirou dos acordos que limitavam o número de tropas no continente europeu, em resposta à decisão americana de instalar bases de lançadores de foguetes na Polônia e na República Tcheca?

E eu com isso?

É a Guerra Fria 2, no ar, que provocará uma corrida armamentista na Rússia e nos países fronteiriços aliados dos Estados Unidos.

No Paquistão, o governo do general Pervez Musharraf está cai-não-cai.

A guerra imperial do Bush no Iraque eliminou os moderados do cenário político.

Agora é extremista contra extremista.

E você com isso?

Já imaginaram se um regime islâmico fundamentalista assume o poder no Paquistão armado com bombas nucleares?"

domingo, 15 de julho de 2007

A pergunta é uma só...


O Clube da Luta é um evento que reúne bandas com som autoral e que acontece quinzenalmente em Florianópolis, por enquanto no Café Fios & Formas na Avenida Beiramar Norte, embaixo da ponte Hercílio Luz. A cada edição apresentam-se 3 bandas em shows de no máximo 40 minutos, sendo que uma banda é estreante. E a porrada come solta. O público vai pra participar e todos saem de lá ganhando.

Criado por músicos que atuam, em sua maioria, a pelo menos 10 anos tocando suas próprias composições, o Clube é uma festa. De música, de cor, de variedade, de talento, de paixão, de criatividade e celebração. Uns dizem que é uma panela mas pode chegar que é só colocar um pouquinho mais de água no feijão que tem pra todo mundo. Só não vale dedo no olho, chute no saco e soco no peito das meninas.

A iniciativa está tendo sucesso e se espalha. Já houve uma edição em Curitiba e outras cidades do Brasil estão nos planos para breve.

Algo acontece no reino de Desterro, como pode-se perceber e o Clube tem muito a ver com isso para o despeito de quem só sabe reclamar.

O jornalista Alexandre Gonçalves, ex-editor do portal Empreendedor - ponto de referência sobre empreendendorismo na Internet - e blogueiro desde 2004 no Coluna Extra, publicou em maio deste ano um post sobre o Clube com alguns pontos bem interessantes. Ele sabe do que fala. Em seu excelente blog há muita música e informação de qualidade. Segue um aperitivo com destaques e um comentário meu.


"Florianópolis vive um período de intensa movimentação na área musical desde que algumas bandas da cidade resolveram brigar - juntas - por mais espaço para a produção local. Batizada de Clube da Luta, essa ação cooperada tem como uma de suas preocupações principais valorizar o trabalho autoral das bandas. Ou seja, nos shows promovidos pelo Clube da Luta mensalmente ( na época que ele escreveu o post o Clube ainda não era quinzenal)não é permitido cover, só música própria.

Nesse embalo, o que considero mais interessante na iniciativa é que não se trata de um movimento estético (como já houve no passado e acabou morrendo na casca por falta de consistência). Na minha percepção, o Clube da Luta, que está próximo de completar um ano, é um movimento em prol da criação e do estabelecimento de uma cena, de um mercado. Isso fica evidente na maneira profissional com que as bandas que participam do Clube produzem suas músicas, discos e clipes".

Para os maus entendedores, os detratores e os discípulos de Reinaldo Azevedo, esclareço que com "movimento", Alexandre quer dizer, agitação, impulso, e não que ele - ou o Clube - considere este evento representativo de uma totalidade. Pra ser mais claro: o Clube não é a cena! Estamos aí pra fomentar e alimentar. Que outras iniciativas em prol da ampliação de público e da abertura de mais espaços para a Música feita aqui sejam criadas, ampliadas e continuadas. Não por que ela é daqui mas por que é boa.
Aos poucos vamos ver nascer a condição para que surja um festival abrangente que mostre o que há de melhor na música feita em Santa Catarina. E também toma corpo a iniciativa da criação de um sindicato que reunirá todos os profissionais da cadeia produtiva da música. E isso é só o começo.

Pavimentação

O último bate-papo sobre a cena musical na Livraria Saraiva, na terça dia 10 de julho, esquentou a movimentação. A editora e repórter Lígia Gastaldi, da RBS, escreveu poucas horas depois, um texto claro e apaixonado no site Tô Puto, que descreve bem o que rolou lá. Assim como Marcos Espíndola, que mandou na Contracapa do último sábado:

"O vírus da disposição, ao que tudo indica, se alastra e junta-se aos anticorpos na batalha contra o ostracismo, a pasmaceira e pelo reconhecimento da produção musical local e autoral. A segunda edição do Lero-Lero Sonoro, na última terça, na Livraria Saraiva, do Shopping Iguatemi, serviu para acionar o rastilho de pólvora que tem tudo para preceder uma explosão. Produtores, donos de casas de shows e entretenimento, músicos, jornalistas e transeuntes tomaram conta do mezanino para debater estratégias para a retomada de um circuito musical na Ilha. Como bem lembrou o professor Caio de Cápua: "É um caminho sem volta para uma história que se desenha"".


Breve organizaremos o terceiro encontro, com novidades quentes sobre novas ações. Saímos todos de lá de ânimo renovado e para aqueles e aquelas que estão cheios de perguntas e relutantes, eu tenho só uma resposta: AJA! Positivamente, criativamente, eticamente e principalmente, coletivamente.

sábado, 14 de julho de 2007

As vaias ensaiadas




Ensaio da cerimônia do Pan 2007 incluiu as vaias para o presidente Lula. Cheguei nessa via RS Urgente, que linkou no Azenha, que linkou ao República Vermelha, de onde enfim peguei o vídeo e trancrevo trechos.


"Triste a conduta do Sr. César Maia e de sua claque tucano-pefelista armada para vaiar o presidente do País. O golpe deu certo e o mundo inteiro viu o rosto de decepção de Lula. Conseguiram também a armada repercussão na imprensa, conforme a articulação golpista que une oposição, Folha, Estadão, Abril e Organizações Globo".

"Quem esteve lá sabe que as vaias foram puxadas pelos voluntários escalados pela máquina do mandatário carioca".

"A Prefeitura e o Estado do Rio comeram o dinheiro público e comprometeram os Jogos. Foram salvos pelo Governo Federal, especialmente pelo empenho do presidente. A retribuição foi a armadilha covarde armada contra o presidente. Mostraram senão a falta de educação de um setor da elite e dos canalhas que a festejam".


E o Azenha disse bem:

Se levarmos em conta que quem foi ao Maracanã pagou ingresso, as vaias a Lula são um sinal claro de que a classe média quer a cabeça dele.

Se levarmos em conta que os cariocas eram maioria no estádio é sinal de que o Rio é uma cidade mal agradecida.

O Rio é uma sombra do que foi no passado.

Na Zona Sul do Rio e em alguns bairros de São Paulo vivem os remanescentes do voto de cabresto no Brasil.

Mas São Paulo é uma cidade um pouco mais oxigenada.

No Rio o voto de cabresto é tangido pelo jornal O Globo, vulgo A Voz Reacionária.

Que faz intensa campanha contra o governo não é de hoje.

A voz reacionária do Brasil se concentra hoje naquela faixa que vai de Copacabana ao Leblon.

É o Brasil espeerrrrrrrrrrrto.


Eu apenas acrescentaria que é o Brasil onde uma simpatizante do Alckmin arrancou o dedo de uma mulher que entrou num restaurante com uma camiseta do Lula nas últimas eleições.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Chega mais



Na próxima cabalística sexta 13 estaremos - Zé Pereira, Erlon e este que vos escreve - discotecando com CDs e discos de vinil o melhor do Rock desde os primórdios nos anos 50 até hoje, no Clube da Sinuca. Rock mestiço e sem frescuras ortodoxas. Jack Daniels mas também cachaça, vinho ou a bebida que mais lhe apetecer.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Para entender melhor alguns veículos da "nossa" imprensa



Direto do Diário Gauche pesquei esta frase emblemática.

"A CIA tem o direito legítimo de se infiltrar na imprensa estrangeira. Ela tem a missão de influir, através dos meios de comunicação, no desenlace dos fatos políticos em outros países"

William Colby, ex-diretor-geral da agência central de inteligência (CIA) dos Estados Unidos da América.


Só não vê quem não quer. E o pior é que tem muito capacho que não ganha nem uns caraminguás pra servir de porta-voz de interesses alheios aos do Brasil. Fazem com prazer. Mas como dizia o grande Barão de Itararé: "Todo homem que se vende sempre recebe mais do que vale".

E antes que alguém me taque a pecha de anti-americano, esclareço que admiro a cultura e muita das conquistas e contribuições daquele país. E vale lembrar que também somos americanos, latinos pero americanos. Mas é uma pena que nos últimos anos os EUA tenham nos dado tanta coisa ruim.

Trio ternura



Andam dizendo por aí que os famosos personagens do Walt Disney estão morando em São José já a algum tempo e atravessaram a ponte. Mas parece que a coisa tá complicando e um deles cogita em fazer o caminho de volta.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Bate papo na Saraiva

Músicos, produtores, jornalistas, entusiastas e alguns corajosos donos de bares e casas noturnas reúnem-se nesta terça, dia 10 de julho, para um bate-papo sobre a cena musical florianopolitana na Livraria Saraiva no Shopping Iguatemi. É a segunda vez que acontece essa rodada de conversas que deu o que falar e o que pensar em sua primeira edição. Bora lá minha gente, às 19 horas.

"Primero dejar de ser, que dejar de ser revolucionario"

Fui lá conferir o blog da amiga Joice e vi que ele recebeu o selo Blog Activista criado pelo Carlinhos Medeiros do Bodega Cultural.

Daí fui conhecer a bodega e tive a grata surpresa de ver que este humilde blog foi também indicado pelo Aparecido de Araújo Lima, o Cido, ao qual eu agradeço desde já. Estamos ao lado só de gente da pesada. Valeu a honra!

Coletividade no Clube da Luta




A música " O Nome do DJ" apresentada pelo Coletivo Operante no último sábado, dia 6 de julho, no Clube da Luta. Dividimos a noite com Gubas & Os Possíveis Budas e Da Caverna.

Uma baita festa! Casa lotada, gente bonita, divertida e atenta. O público do Clube da Luta só cresce e vai lá pra ouvir, dançar, ver e curtir o som daqui, por que é de Floripa e é bom.

E o Coletivo Operante sai um pouco de cena em julho. Estamos trancados no Estúdio Jardim Elétriko preparando as gravações de 4 músicas. Estávamos já com algum material gravado mas uma pane num computador apagou tudo e recomeçamos do zero. Tá ficando bem legal e dessa vez o back-up é feito diariamente.

sábado, 7 de julho de 2007

Sem meias palavras



Estarrecedoras as conversas entre envolvidos na Operação Moeda Verde, divulgadas em primeira mão pelo César Valente. E quem é que nessa cidade já não sabia que esta corja de pulhas tem o caráter mais baixo que sola de sapato? Que nojo!

E o governador Luiz Henrique, obviamente, escancaradamente, assumidamente e safadamente envolvido até o pescoço com essa gente ( sabe-se lá em quantas maracutaias, favorecimentos, mumunhas e vantagens imorais), está hoje na Itália para o casamento da sua filha Márcia Méll. Ele aproveita uma viagem oficial para realizar este convescote. É muito esculacho minha gente.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Enciclopédia do Rock Brasileiro



Hoje acontecem duas efemérides de caras geniais e que tem um triste fato em comum: caíram (ou se jogaram?) pela janela de um prédio. Comemoramos o aniversário do mutante Arnaldo Baptista, que felizmente sobreviveu à queda do segundo andar do hospital psiquiátrico onde estava internado em 1982, e faz 23 anos que o líder da Gang 90, Júlio Barroso, morreu ao cair do décimo primeiro andar do prédio em que morava em São Paulo.

A casa tá caindo

Novidades quentes do caso Moeda Verde. Hoje foram divulgadas informações que colocam o nome do prefeito de Florianópolis, Dário Berger, na roda. Eita que que a bola tá quicando pra ser chutada de volta pra São José.
Lá no blog do César Valente ele publica hoje alguns diálogos, das ligações grampeadas pela PF com autorização judicial, interessantes e de alta octanagem. É bom ter um saquinho pra vômito à mão.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

In Vino Veritas




Será que ela vem?

Feira do Vinil




Neste sábado, dia 7 de julho, acontece mais uma Feira do Vinil no Sheriff Grill no Centro. Vou ver se dessa vez compareço e negocio aquele triplo do The Band que tenho aqui. Alguém se interessa?

Moeda Verde

A faxina começou. A Câmara de Vereadores cortou na própria carne e cassou os mandatos de Juarez Silveira e Marcílio Ávila. Eles ainda podem recorrer à Justiça comum, mas é bem provável que não revertam a decisão inédita. É a primeira vez que a Câmara de Florianópolis cassa um mandato de um vereador.

Foi uma punição rápida e exemplar. Agora é a vez da gente fazer a nossa parte e escolher bem em quem vota.
Eu, graças a Deus, nunca votei em nenhum desses pulhas. Meu voto só me orgulha.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Quem não foi perdeu





Que festão! Muitos velhos e novos amigos e amigas, gente bonita, divertida, clima excelente, sonzera rolando, lua cheia, bolo de chocolate e nozes, sinuca, cerveja Original, vista pra Lagoa, ai ai...

O Clube da Sinuca tá de parabéns também. Só ouvi elogios. E mais não falo, vão lá conferir.

R-E-S-P-E-C-T


Grande dica do excelente blog Jornalismo & Internet, mantido pelos integrantes do Grupo de Pesquisa em Jornalismo On-line da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia.

O Detroit Free Press criou um baita especial multímidia para comemorar os 40 anos da canção "Respect", que em 1967 alcançou o topo das paradas de sucesso nos EUA na voz de Aretha Franklin e se tornou um hino do movimento dos Direitos Civis.

A música foi composta e gravada por Otis Redding em 1965, mas Aretha deu a versão definitiva, tanto que Otis declarou: " Aquela garota roubou minha canção e a tornou dela".

Rogê tá aqui


O figura citado na letra de "Macô" (..."Cadê Rogê, cadê Rogê, cadê Rogê Ô"...), gravada por Chico Science & Nação Zumbi, com participação do ministro Gilberto Gil, tem um blog muito bonito e cheio de coisas legais, apenas um pouco desatualizado. Hoje vi lá um texto curioso. Veja se trocando Recife por Floripa não dá no mesmo. Segue um trecho:


"Se você ainda não foi embora até agora daqui, aí está uma ótima oportunidade que esta bela e cruel cidade, agora lhe oferece na planta. Recife vive disso, de botar a gente pra fora e depois fechar a porta, antes mesmo que você possa sair. Preso em uma cidade que já não é mais a sua, você se depara com este texto refletido na cara de uma gente que engarrafou o trânsito sem acreditar, e via cair o último andar do edifício que parecia como nós,Sofrer Sorrindo. "Se essa cidade faz isso com ele, imagine comigo...". Parecia claro na dor "de parente" da cara da galera, mas é assim em Recife... é o poder... e o fuder, se divertindo na noite dos puteiros socialaites, e de dia, movimentando um mercado de prédios fantasmas, de investidores suspeitos, de apartamentos fechados e de donos quase os mesmos... e que nunca serão seu... porque Recife quer meRmo, é que tu vá embora,e de vez. Em vez de "perigo tubarão" na placa, deveria está escrito: O que é que tu tá fazendo aqui?!!? Ficar é opção, o que não seria opção, é não poder sair, e se sentir impotente em mudar qualquer coisa, num lugar onde o passado manda, a conveniência governa, a hipocrisia convive e o silêncio coroa".


Pensando bem, dá pra trocar Recife por qualquer cidade de médio-porte que cresça dasatinadamente nesse Brazilzão.

Música sem fronteiras




Uma jam session altamente improvável. Ian Anderson, flautista do Jethro Tull e Jack Bruce, baixista do Cream que aqui está no piano elétrico, tocam com a banda de Fela Kuti em Munique, Alemanha, em 15 de novembro de 1983. Fela mostra o que se faz de verdade com um sax-soprano, instrumento que teve sua dignidade enchovalhada por um palhão como o Kenny G.

Boa leitura

Chegou hoje às bancas a revista Brasileiros, organizada pelos jornalistas Hélio Campos Mello, Nirlando Beirão e Ricardo Kostcho. Já dei uma olhada na prévia disponível no site. Tá duca.
Grandes reportagens e perfis de gente ilustre e desconhecida, retratos desse Brazilzão, histórias bem contadas, enfim, Jornalismo com J maiúsculo.

O número 1 traz na capa o ator Lázaro Ramos e uma matéria exclusiva sobre preconceito no Brasil feita a partir de uma pesquisa encomendada pela revista ao Ibope. Tem a Ternurinha Wanderléa resenhando o novo disco do Erasmo Carlos, uma entrevista com Gay Talese, perfil da atriz Tainá Müller - que estrela o mais recente filme de Beto Brant, Cão Sem Dono - e outras cositas más. Confere que tá massa.