terça-feira, 8 de julho de 2008

"Caminante no hay camino..."




Eu não chegaria a afirmar como o Fábio Bruggemann que a elite catarinense "é a pior o mundo". Mas do Brasil chega perto.

Nesta entrevista como convidado do Conversas de Sábado na TvCom, ele lembra de um fato cultural simbólico que é o atraso de 30 anos de nossa terra em relação ao mundo. Isso por conta do conservadorismo e moralismo da sociedade catarinense.

O amigo Fábio cita o surgimento do Grupo Sul tentando trazer a Semana de Arte Moderna de 22 para cá...30 anos depois. O coletivo de jovens artistas, que incluia talentos como Meyer Filho, Hassis, Eglê Malheiros, Salim Miguel, Adolfo Boos Jr e Ody Fraga, foi muito hostilizado. Depois do golpe de 64 a livraria que Salim Miguel tinha no Centro, foi quebrada e os livros queimados em praça pública. É mole?

Uns dois anos atrás Salim escreveu sobre o episódio num artigo de jornal e falou que um dos mais inflamados no papel de inquisidor ainda estava na vida pública.

Na época eu morava no mesmo prédio que o escritor e sua esposa, a também escritora Eglê Malheiros e volta e meia os encontrava em suas caminhadas. Quando os vi no portão do condomínio cumprimentei-os e não resisti à curiosidade de perguntar quem era o cidadão incendiário.

Salim só me disse que era um que não valia a pena e ficamos nos olhando, ele deu um sorriso e seguiu no passeio.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tratando- se de arte a coisa vai piorando. Náo me espanta o fato de artistas de outros lugares serem hostilizados em santa catarina onde reina uma panelinha que dita quem pode produzir e expor, e o que é pior, como e o que deve produzir e expor.