quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Realidade

"O mundo da nossa realidade é realidade porque estamos envolvidos no "fazer" dessa realidade. As pessoas nascem com uma auréola de força, poder, que se desenvolve e se entrelaça com o consenso dominante. As pessoas olham o mundo da forma como lhe foi ditada, com os olhos do consenso dominante. Por outro lado, "não fazer" é possível quando uma auréola extra de poder se desenvolve para formar a existência da realidade de um outro mundo. O guerreiro-pirata não escapa do "fazer" do mundo, mas luta dentro desta realidade, a realidade do consenso dominante. O que o auxilia na criação da auréola extra de poder. O ato de "não fazer" conduz ao "parar o mundo", que é o primeiro passo para "enxergar". O mundo da realidade ordinária, do dia-a-dia, nos parece do jeito que é por causa do consenso social. "Parar o mundo" significa interromper a corrente comum de interpretação do mundo, do consenso dominante, ou em outras palavras, parar o consenso é enxergar o mundo como bruxo, numa realidade não-ordinária. "Parar o mundo" é viver num espaço temporal mágico, enquanto que viver na realidade do consenso é viver num espaço temporal ordinário".

Carlos Castañeda

3 comentários:

Anônimo disse...

Sem margem de duvida,que é espectacular a filosofia India.
Li quase todos os livros de Carlos Castañeda,com o seu grande Mestre,Juan de Matos e...GENIAl!

Ulysses Dutra disse...

Oi Lídia

Valeu o comentário e a visita.

Também gosto muito do Don Juan Matus e seu jeito implacável hehe.

Um abraço

Bonassoli disse...

A ilustra é puro Pink Floyd!