sexta-feira, 30 de março de 2007

Alea Jacta Est




Tenho grandes mestres, e eles me ensinaram que a História é feita pelo indivíduo. Podemos interferir e mudar. Pra mim não é uma questão de fé, e sim de verificação atráves da tentativa e erro. Sou um empírico. Começo o post assim, inspirado por um e-mail de um colega músico que pergunta se eu realmente acredito na atual efervescência da música catarinense e se não acho que isso é só "um sonrisal num copo de Coca". Reafirmo: " A música catarinense vive um momento efervescente". E o movimento é sólido. Ontem tive mais uma prova disso. As bandas Andrey e a Baba do Dragão de Komodo, Samambaia Sound Club e Siri Goiá reuniram cerca de 300 pessoas, segundo o Data Esquerda Festiva, fora as que circularam numa apresentação na escadaria do Rosário, ponto tradicional no Centro da Capital Catarinense. O evento foi organizado e bancado pelos músicos mas shows gratuitos ao ar livre deveriam entrar no calendário cultural da cidade e ter apoio oficial e da iniciativa privada.

As pessoas estão ao pouco conhecendo o som que está sendo feito pelos músicos locais, algo semelhante ao que aconteceu nos anos 90, depois que surgiu a banda Dazaranha. Ontem na escadaria do Rosário estavam estudantes, pessoas que saíram do trabalho, crianças, idosos, familiares dos músicos, músicos, fãs, escritores, cineastas, e muito gambá caseiro* voltando a sair da toca. Revi meu velho camarada Zezão, ex-baterista da Motherfucker, que há anos não toca e me disse que amanhã está reunindo-se com o Alexandre Iron para fazer um som! A cena está nascendo e os bares, que como dizia o nome daquele disco do Frank Zappa só estão nessa only for the money, que abram os olhos.



* indivíduo que só faz festas no seu lar ou de outrem. Ou indivíduo que compra sua birita no atacado e bebe em casa, sozinho ou com outros gambás.

Nenhum comentário: