A onda sensacionalista em cima deste lamentável fato me deixou enojado. Pois bem, lendo o blog da Bianca, o Moving The Relation, vi que ela fez um post muito pertinente e que é o que eu gostaria de ter dito, portanto reproduzo trechos e assino embaixo:
"...É assustador como a enorme maioria das pessoas culpa a realização de festas e happy hours no campus pela morte da garota.
Dizem que Universidade é lugar de "aprender" estudar", ralar, como se só se aprendesse através do sofrimento ou enfurnado em laboratórios.
Desde Platão, Sócrates (e provavelmente quilênios antes), o aprendizado estava ligado à leituras, escrita e aos passeios, caminhadas em grupo. E é essa a grande função da universidade, o agrupamento, do qual o lazer (responsável, obviamente) faz parte.
Em qualquer conferência ultra-mega-cult-high-level do mundo as melhores discussões ocorrem durante as confraternizações.
É impressionante o discurso mega conservador que reina na classe média catarinense. O problema do abuso de álcool é sim um sintoma social, mas se a proibição fosse a melhor solução a década de 30 não teria precedido uma Guerra.
O campus da Ufsc, além de ser um local de estudos e pesquisa é uma das poucas áreas públicas em Florianópolis que não está dominada pelas relações de comércio e por isso é um ambiente agradável e arborizado para confraternizações após o fim do expediente.
Falam em proibir festas na área, mas se a morte tivesse ocorrido em uma casa não continuaria sendo ainda o abuso do álcool entre os jovens um problema de saúde pública?...
...Aqui sempre há festas na universidade, inclusive com bebida paga pelo governo, inserida no budget do semestre. Às vezes algum idiota fica mais bêbado do que deveria, a segurança ajuda com rapidez. Agora, demoraram 6 horas pra achar a menina estatelada no chão...isso sim é uma vergonha...
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A Bianca é casada com meu grande camarada Andrey e os dois vivem em Montreal no Canadá. É o local ao qual ela se refere como aqui.
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