segunda-feira, 14 de maio de 2007

Antes tarde do que mais tarde




O juiz catarinense Rodrigo Collaço, que preside a AMB ( Associação Brasileira dos Magistrados) deu uma entrevista ao Diário Catarinense publicada neste último domingo, da qual destaco um trecho. Perguntado sobre a posição da AMB quanto à atuação da Polícia Federal nas recentes operações que comprovam a infiltração do crime organizado dentro do serviço público, disse ele:

"A população tem aplaudido a atuação da Polícia Federal. O que é preciso deixar bem claro é que toda a vez que se ouve falar em escuta telefônica, busca e apreensão ou prisão, nós estamos falando de medidas que foram autorizadas por um juiz. Tem que ficar bem claro, primeiro, a participação e o comprometimento do Judiciário no combate à corrupção no país. Eu vejo que nós rompemos uma tradição cultural no sentido de que quem detinha poder político ou econômico, em qualquer um dos três poderes, sempre ficou à margem das investigações e da atuação da Justiça Penal. Tínhamos pessoas intocáveis no Brasil. Não acredito que exista uma corrupção generalizada no âmbito do Judiciário e nem no âmbito do Estado brasileiro. Creio que há disposição em combater esta corrupção. Estamos colhendo os frutos da independência da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário".

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